sábado, 28 de março de 2009

Rádio_Manual_T

A Reportagem "Ao Vivo"

O "Ao vivo" é o grande trunfo do Radiojornalismo. Afinal, "explodem" fatos na rua a todo instante. Se tiver alguém por perto, munido de um telefone celular ou mesmo de um cartão telefônico, em questão de segundos, a informação chega à rádio e é transmitida para o público. Esse alguém pode ser um ouvinte que passa na rua e vê um acidente, por exemplo, mas o grande transmissor é o repórter. É no flash direto onde ele se expõe por inteiro.

Entretanto, faz parte da racionalização do Radiojornalismo Moderno gravar as matérias, para economizar tempo. Isso, infelizmente tira um pouco da instantaneidade e da espontaneidade, em benefício do ganho de tempo e da possibilidade do aperfeiçoamento, através da edição.

Um artifício fundamental do repórter flash é a capacidade de improviso. E ela não nasce com a pessoa, mas é fruto de muito treino e se desenvolve com o tempo. Enquanto isso não acontece, o repórter deve cair em campo municiado de material escrito, para evitar erros no ar.

Mais vale uma abertura bem escrita, lida na frente do entrevistado, do que a tentativa desastrosa de improvisar, "cheia de dedos" e preocupada em construir frases de cabeça. A falta de pontuação arrebenta com a frase, tira o sentido e dificulta o entendimento. Com isso, o repórter "se queima" e prejudica a imagem da emissora.

Outro item do "ao vivo" é o som, que o repórter deve aproveitar bem. Não se trata do som da voz do repórter, mas a ambientação, discussões, sirenes, protestos, choro. A sonoplastia não deve ser apenas descrita por meio de um texto ou entrevista.

Fonte: PARADA, Marcelo. Rádio: 24 horas de Jornalismo
PORCHAT, Maria Elisa. Manual de Radiojornalismo Jovem Pan

Nenhum comentário: