sábado, 28 de março de 2009

Rede Oi FM

Aula 03 de abril

Aula 02 de abril

Aula 31 de março

Aula 30 de março















Turma TL9

PERFIL:

ESCOLHA DO PERSONAGEM
TEXTO BASE
ROTEIRO DE PERGUNTAS
ROTEIRO OU SCRIPT
ESCALA DE GRAVAÇÃO

DATA DE ENTREGA DO SCRIPT: 02/04

ESCALA DE GRAVAÇÃO:

06/04 – JOSÉ PIMENTEL
13/04 – WILSON FREIRE
16/04 – SAMUEL SANTOS (QUADRO DE CENA)
20/04 – NASH LAILA
Obs.: nesses dias só vem o grupo que for gravar

COBERTURA DO CINE – PE 2009 – 27 a 3 de maio







ENTREGA DAS PAUTAS: 20/04

PAUTEIROS: GUSTAVO

REPÓRTER E PRODUTOR:
ANNYELA – CRIS
LEONARDO - ASAPH
PAULO H. – PAULO V.
CRISTIANE - RAISSA
CLARA - NETO

EDITOR FINAL: JOÃO GABRIEL E TÉRCIO
EDITOR DE TEXTO: MARIANA
COBERTURA EM CARUARU: 23 DE MAIO
















PAUTEIROS: NETO

REPÓRTER - PRODUTOR
GUSTAVO - PAULO V.
TÉRCIO – CRIS SOBRAL
RAISSA – LEONARDO
JOÃO GABRIEL – ASAPH
CRISTIANE – CLARA

EDITOR FINAL:
MARIANA – PAULO H.

EDITOR DE TEXTO:
ANNYELA

Blog: www.radiojornalismo2dovlau.blogspot.com

Digitação_Rádio

DIGITAÇÃO DE TEXTO PARA RÁDIO


O aspecto visual do texto é mais importante do que se imagina. Erros gráficos derrubam qualquer locutor e o texto mal distribuído pode ser responsável por falhas técnicas de edição.

AO REDATOR É IMPORTE QUE OBSERVE:

01 – Apresente um texto nítido e limpo. Cuidado com cópias sem nenhuma condição de leitura.

02 – Digite, no alto, um cabeçalho onde deve constar o título dado à matéria, crônica ou editorial, nome do programa, data em que irá ao ar e seu nome.

Obs: Algumas emissoras já dispõem de programas com espaço para esses dados.

3- Se tiver alguma recomendação a fazer ao locutor ou técnica, faça-a abaixo do cabeçalho. Coloque um asterisco ou sinal que chame atenção e dê o recado a eles.

4- Deixe um bom espaço entre o cabeçalho e o texto; entre o texto e a gravação.

5- Faça uma margem larga nos dois lados da lauda.

6- Use espaço triplo.

7- Use letras maiúscula (caixa alta) nas notícias mancheteadas.

8- Digite, falando em voz baixa, verifique se certas combinação de palavras dificultam a locução. A linguagem será mais coloquial, você sentirá o ritmo das frases e os erros serão evitados.

9- Ao falar em voz baixa, verifique se certas combinações de palavras dificultam a locução. A combinação “toda as exigências” é exemplo de erro fatal no momento da locução. Logo, evite frases difíceis de prenunciar.

10- Não separe as palavras de uma linha para a outra.

11- Não separe frases ao mudar de páginas.

12- Numere as páginas de matéria. No final, escreva “ continua” ou “fim”.

13- Redija frases curtas. O locutor precisa respirar e se o fizer em momento inadequado, quebrará o ritmo do texto, podendo, inclusive, alterar seu sentido. A frase curta evita o desastre.

14- Marque o ritmo das frases com vírgula, ponto, travessão e reticências.

15- Assinale as passagens musicais para os locutores e técnicos.

16- Ao digitar, frases interrogativas, mude de linha e bata o ponto de interrogação no início da frase, entre parênteses e no final também. A interrogação precisa ser expressa no começo da frase, entre parênteses e no final também. A interrogação precisa ser expressa no começo da frase e portanto o locutor precisa ser avisado com antecedência.

17- Ao digitar palavras e nomes próprios estrangeiros, “sublinhe” e use a grafia correta, com um asterisco, No alto da página, escreva a pronúncia correta, de forma aportuguesada, onde devem constar todas as recomendações.

18- Sublinhe as palavras que devem ser enfatizadas pelo locultor.

19- Sublinhe os títulos de obras.

20- Marque as citações com aspa.

21- Digite por extenso as frações, porcentagens e romanos.

Obs: É assim que você deve digitar os números grandes:

380 milhões, 220 mil e 20 homens.

Mas se a última unidade for 1 ou 2, digite por extenso para facilitar a concordância com substantivo:

200 milhões, 350 mil, sessenta e duas pessoas.

Evite o numeral ordinal acima do décimo. Já pensou na situação de locutor, de repente, ter que ler:

O príncipe Charles da Inglaterra abre as comemorações do 350º aniversário da Universidade Harvard.

Use o numeral cardinal:

O príncipe Charles da Inglaterra abre as comemorações dos 350 anos da Universidade Harvard.

22- Na contagem de tempo, escreva:

2 minutos, 35 segundos e 8 décimos.

23- Atenção! Aos acentos! A acentuação incorreta faz o locutor errar durante a leitura.

24- Leia o texto ao terminar e corrija todos os erros. Nesta leitura, observe o ritmo das frases. É essencial para a comunicação da mensagem.

25- Cada linha digitada, ou 72 toques, corresponde a 5 segundos de segundos de leitura no ar!

Quando pedirem a você um boletim de um minuto, saiba que isto eqüivale a 12 linhas de página, média.

MODELO

Assunto da Matéria Programa Data Redator
(Rubrica: ) * locutor: * técnico:

Loc: O economista Delfin Neto faz hoje 60 anos. A rádio Unicap ouviu vários depoimentos de economista e políticos a respeito de Delfin Neto para que o ouvinte saiba:


(?) Que influência exerce hoje o Delfin Neto na Economia?

(?) O que pensa um economista que acompanha o desenvolvimento do Brasil no chamado “milagre econômico”?

Gravação:

Tec. In: “O ex- ministro Delfin Neto está...

Fi: “desenvolvimento da empresa privada”.

Emendar:

Tec. In: “para Mário Henrique Simosen.... fi: ...Delfin Neto”

Dicas

Usar de preferência papel branco.
Fazer uma cópia para cada locutor e outra para controle técnico.
Para a redação dos jornais é necessário que pontuação seja correta, segundo as normas gramaticais. Para a redação da rádio, a pontuação deve ajudar os locutores a lerem a notícia. Por isso, cada Departamento de Jornalismo, na rádio, tem direito de inventar seu próprio código de pontuação e de sinais. Por exemplo:
Para indicar uma breve pausa.......................................................
Para indicar uma pausa
Longa ou mudança de tema./////////////////////////////////////////////////////
Para introduzir uma pergunta,
ou admiração, não esquecendo de????????????????????????????
Para uma palavra difícil e estrangeira.
Para indicar uma entonação especial, quando se quer destacar uma palavra.
Onde se deve subir ou baixar o tom da voz
E todos os demais sinais convencionais.

Bibliografia
Andréa Greets, Manual de Comunicação 2, A Notícia Popular, Maria Elisa Porchat, Manual de Radiojornalismo Jovem Pam.

Aula 27 de março

Aula 26 de março

Aula 24 de março

Aula 23 de março

Modelo_Perfil 6


TEC: RODA MÚSICA DEUSA DE ITAMARACÁ. SOBE E VAI À BG.

LOC: OLÁ, OUVINTES! A PARTIR DE AGORA VAMOS CONTAR UM POUCO DA HISTÓRIA
DE ALMIR ROUCHE, UM PERNAMBUCANO DE RECONHECIDO SUCESSO.

LOC: NESTE PROGRAMA, ELE FALA SOBRE MOMENTOS DE SUA VIDA, DA CARREIRA,
DO RELACIONAMENTO COM O MERCADO MUSICAL E DO TRABALHO COMO
SECRETÁRIO DE TURISMO DE SUA CIDADE NATAL, IGARASSU.

TEC: RODA MÚSICA A VIDA INTEIRA TE AMAR. SOBE E VAI À BG.

LOC: ALMIR CAVALCANTI DE LIMA COMEÇOU A CARREIRA AOS DEZ ANOS DE IDADE,
CANTANDO EM UM FESTIVAL DE MÚSICA NA ESCOLA ONDE ESTUDAVA, EM SÃO
PAULO. ATÉ AQUI, JÁ SÃO 22 ANOS DE HISTÓRIA COMO CANTOR E COMPOSITOR,
PASSEANDO POR RITMOS COMO FREVO, FORRÓ E MPB.

LOC: ALMIR ERA O VOCALISTA DA BANDA DIPLOMATA. A PARTIR DESTA
, ELE CONTA A HISTÓRIA DE COMO NASCEUO APELIDO ROUCHE.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: TODA VEZ QUE EU ENSAIAR...
DF: PATENTEEI E PAPAPÁ.


TEC: RODA MÚSICA LIGADO EM VOCÊ. SOBE, VAI À BG .

LOC: A IDENTICAÇÃO COM ATURMA DO PINGÜIM FOI ALGO NATURAL, POIS FORAM
DOZE ANOS À FRENTE DA TURMA DO PINGÜIM. NESSA EXPERIÊNCIA, ELE RELATA O
PRIMEIRO TESTE QUE FEZ PRA ENTRAR NA BANDA.
TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: FUI FAZER MEU TESTE EM MACEIÓ...
DF: ALMIR ROUCHE E BANDA PINGÜIM.


LOC: DEPOIS DA SAÍDA DA TURMA DO PINGUIM, ALMIR AINDA FEZ PARTE DA BANDA
, PARA DEPOIS SEGUIR EM CARREIRA SOLO, TENDO FEITO JÁ OITO CDS E UM DVD.

LOC: O CANTOR DESTACA A IMPORTÂNCIA DO APOIO DA FAMÍLIA NO INÍCIO DA
CARREIRA, RESSALTANDO A FIGURA DA AVÓ.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: MINHA AVÓ
DF: ELES LEVANTARAM A ORELHA
TEC: EMENDA COM

DI: O QUE ME SUSTENTA
DF: A SUSTENTAR MINHA FAMÍLIA

LOC: ACREDITAR NUM SONHO. FOI DESTA FORMA QUE ALMIR ALIMENTOU A
VONTADE DE SEGUIR.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: EU COMECEI
DF: E A CARREIRA DESLANCHOU


LOC: NO PRÓXIMO BLOCO, ALMIR FALA SOBRE AS REFERÊNCIAS MUSICAIS E A
PARTICIPAÇÃO NO GALO DA MADRUGADA.

TEC: INTERVALO. RODA VINHETA

TEC: RODA MÚSICA BATE CABLOCO. SOBE E VAI À BG .

LOC: NAS ESCOLHAS MUSICAIS, ALMIR ROUCHE ENTENDE QUE O BAILE É UM GRANDE
APRENDIZADO PARA O ARTISTA.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: NO BAILE EU TINHA QUE TOCAR UM FORRÓ...
DF: VOCÊ TINHA QUE IMITAR.

LOC: E QUANTO ÀS REFERÊNCIAS MUSICAIS, ELE SEMPRE OUVIU DE TUDO UM POUCO, DESDE JACKSON DO PANDEIRO E REGINALDO ROSSI ATÉ DISCOS DE ÓPERA E ROCK.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: EU TENHO UM GOSTO VARIADO...NA MINHA ADOLESCÊNCIA...
DF: ...FUI MONSERRAT CABALLÉT...A BOA MÚSICA, ELA VAI ENTRAR.

TEC: RODA MÚSICA GALO EU TE AMO. SOBE E VAI À BG
.

LOC: UMA DAS MARCAS DO ARTISTA É PARTICIPAÇÃO NO GALO DA MADRUGADA,
PUXANDO O TRIO QUE ABRE A FESTA NO SÁBADO DE CARNAVAL. O CANTOR
RESSALTA A EMOÇÃO EM ANIMAR DIVERSOS FOLIÕES NO BLOCO CONSIDERADO “O
MAIOR DO MUNDO”.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: TODO ANO...
DF: ISSO É IMPORTANTE DEMAIS PRA GENTE.


LOC: PELO CONTATO COM RITMOS TÃO DIFERENTES, ELE COMEÇOU A ATINGIR
]OUTROS PÚBLICOS, TRILHANDO NOVOS PASSOS NA CARREIRA.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: MESMO FAZENDO DISCOS DE FREVO
DF: ENVEREDANDO NESSA COISA DO FORRÓ.

TEC: RODA MÚSICA NÓ NA MADEIRA. SOBE E VAI À BG.

LOC: NA BUSCA PELOS RITMOS A SEREM EXECUTADOS NAS EMISSORAS DE RÁDIO,
ALMIR ROUCHE FAZ ALGUMAS COMPARAÇÕES COM O MERCADO FONOGRÁFICO
PERNAMBUCANO E BAIANO. PARA ELE, OS BAIANOS SÃO UNIDOS NA DIVULGAÇÃO DO
AXÉ MUSIC ENQUANTO AQUI ISSO NÃO SE VERIFICA.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: TODO MUNDO CANTA DO MESMO JEITO...
DF: E NÓS PAGAMOS UM PREÇO ALTO POR ISSO.

LOC: COM O AVANÇO DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS E DA PIRATARIA, NOVOS ARTISTAS
COMEÇARAM A SURGIR NO MERCADO, QUEBRANDO A DITADURA DAS GRAVADORAS.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: VOCÊ VÊ QUE AGORA SURGIU...
DF: ISSO DE CERTA FORMA FOI BOM.


LOC: QUANTO À VEICULAÇÃO NAS RÁDIOS PERNAMBUCANAS, ELE COMENTA A
FORMA INJUSTA COMO O ARTISTA LOCAL É TRATADO.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: A NOSSA RÁDIO TAMBÉM...
DF: ELE É DAQUI, PORRA.


LOC: JÁ NA TELEVISÃO, O CANTOR ELOGIA AS PRODUÇÕES POR PERMITIREM NOVOS
ESPAÇOS.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: JÁ A NOSSA TELEVISÃO...ABRIU...
DF: OU AQUELES QUE GANHARAM TÍTULO DE CIDADÃO PERNAMBUCANO.

LOC: ALÉM DE SE DEDICAR À CARREIRA ARTÍSTICA, ALMIR ROUCHE DIVIDE O TEMPO OCUPANDO O CARGO DE SECRETÁRIO DE TURISMO NA CIDADE NATAL, IGARASSU, LOCALIZADA NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.

TEC: RODA ENTREVISTA ALMIR

DI: EU CUIDO
DF: CENTRO DE APOIO AO TURISTA


TEC: EMENDA COM

DI: SE VOCÊ FIZER
DF: A HISTÓRIA CONTA



TEC: EMENDA COM

DI: TEMOS A QUINTA CAPITANIA
DF: PERNAMBUCO NASCEU EM IGARASSU

TEC: RODA MÚSICA SÃO JOÃO NA ROÇA. SOBE E VAI À BG.


LOC: ATUALMENTE, ALMIR SE OCUPA EM DIVULGAR SEU PRIMEIRO DVD INTEIRMANETE DEDICADO AO FORRÓ. NO REPERTÓRIO, CLÁSSICOS DO PÉ-DE-SERRA E COMPOSIÇÕES ATUAIS.

LOC: DEPOIS DO CD EM HOMENAGEM AOS CEM ANOS DO FREVO, ALMIR CONTINUA PRIORIZANDO RITMOS REGIONAIS E SE IDENTIFICANDO COM O PÚBLICO LOCAL.

TEC: RODA MÚSICA BELA. SOBE E VAI À BG.

LOC: TERMINA AGORA O PROGRAMA ESPECIAL SOBRE ALMIR ROUCHE. OBRIGADO PELA ATENÇÃO E ATÉ O PRÓXIMO PROGRAMA.

LOC: PRODUÇÃO: AROLDO COSTA, MAÍRA ROSAS, MARÍLIA MACIEL E PATRÍCIA BARROS.

APRESENTAÇÃO:
EDIÇÃO: AROLDO COSTA E PATRÍCIA BARROS
TECNICO: MARCOS CAVALCANTI
SUPERVISÃO: VLAUDIMIR SALVADOR

Modelo_Perfil 5


ROTEIRO – PERFIL CLAUDIONOR GERMANO

LOC 1: JULIANA DANTAS
LOC 2: MARIÂNGELA MORAES

TEC: SOBE BG

LOC 1: NO AR, A RÁDIO UNICAP

LOC 2: EU SOU MARIÂNGELA MORAES

LOC 1: E EU SOU JULIANA DANTAS

TEC: SOBE SOM COM MÚSICA DE CLAUDIONOR

LOC 2: NO PROGRAMA DE HOJE, A VIDA E A OBRA DO CANTOR PERNAMBUCANO
CLAUDIONOR GERMANO. DONO DE UMA CARREIRA DE SUCESSO E HÁ SESSENTA ANOS
NA PROFISSÃO, O CANTOR JÁ GRAVOU QUINHENTOS E CIQUENTA E DUAS MÚSICAS,
VINTE E TRÊS L-PS E OITO CDS. ELE É CONHECIDO COMO O MAIOR CANTOR DE FREVO
DE PERNAMBUCO. COM SETE FILHOS, ONZE NETOS E CINCO BISNETOS CLAUDIONOR
NUNCA TEVE PROBLEMAS EM CONCILIAR A FAMÍLIA COM O TRABALHO. MAS
DECLAROU QUE SE FOSSE PRECISO JÁ TINHA DEIXADO A FAMÍLIA HÁ MUITO TEMPO.

TEC: SOBE SOM COM MÚSICA DE CLAUDIONOR

LOC 1: A FAMÍLIA SEMPRE APOIOU A CARREIRA DO CANTOR, INCLUSIVE NO AUGE
DELA NOS ANOS SESSENTA. QUANDO CLAUDIONOR GRAVOU OS DOIS PRIMEIROS L-PS
DE NELSON FERREIRA, O QUE EU FIZ E VOCÊ GOSTOU E O QUE FALTOU E VOCÊ
PEDIU, E O L-P DE CAPIBA CARNAVAL COM C DE CAPIBA. QUANTO AS
INTERPRETAÇÕES DE NELSON FERREIRA, O REPERTÓRIO SE ESGOTOU NESSES DOIS
L-PS. JÁ EM RELAÇÃO AS COMPOSIÇÕES DE CAPIBA, CLAUDIONOR SE TORNOU
RECORDISTA EM INTERPRETAÇÕES DAS MÚSICAS DELE.

TEC: D.I: EU GRAVEI DE CAPIBA...
D.F: ... PRA VER SE EU BOTO O PÉ NO GUINESS BOOK.
(14:45) (14:55)

LOC 2: A RELAÇÃO DE CLAUDIONOR COM CAPIBA IA ALÉM DO PROFISSIONAL. ELE
CONSIDERAVA CAPIBA UM GRANDE AMIGO E TINHA COM ELE UM COMPANHEIRISMO
DE PAI PARA FILHO. O CANTOR PERNAMBUCANO SEMPRE ADMIROU O TRABALHO DO
MESTRE CAPIBA, ISSO EXPLICA AS CENTO E TRINTA E DUAS MÚSICAS GRAVADAS POR
ELE.

TEC: D.I: CAPIBA FOI O MAIOR...
D.F: ... ELE FEZ TODOS OS GÊNEROS.
(15:36) (15:44)


TEC: EMENDA COM: (GRAVAR PERGUNTA: QUAL MÚSICA DE CAPIBA QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE INTERPRETAR?)
D.I: FAMOSAS SÃO TODAS AS MÚSICAS DE CAPIBA...
D.F: ... QUE É LINDA FLOR DA MADRUGADA.
(18:22) (19:01)

TEC SOBE SOM (LINDA FLOR DA MADRUGADA)

LOC 1: CLAUDIONOR GERMANO INICIOU SUA CARREIRA NO FINAL DA DÉCADA DE
QUARENTA, NESSA ÉPOCA ELE CANTAVA SAMBA JUNTO COM O GRUPO ASES DO
RITMO NAS RÁDIOS DO ESTADO. QUANDO COMEÇOU A CARREIRA SOLO ELE PASSOU A
CANTAR MÚSICAS ROMÂNTICAS. AS EMISSORAS DE RÁDIOS ERAM CONSIDERADAS O
CALO DE TODO ARTISTA, QUE CHEGAVAM A DECORAR ATÉ TRÊS LETRAS EM UM DIA
PARA CANTAR NO OUTRO.

TEC: D.I: NÃO ERA TÃO DIFÍCIL NÃO...
D.F: ... CANTAVA COM A LETRA NA MÃO.
(11:49) (11:56)

LOC 2: ANTIGAMENTE NAS RÁDIOS, O ARTISTA APRESENTAVA O SEU TRABALHO POR
MEIO DE DIVULGAÇÃO ESPONTÂNEA. ELE DISTRIBUÍA L-PS NAS EMISSORAS E NO
OUTRO DIA SUA MÚSICA ESTAVA NO AR. FOI ASSIM QUE CLAUDIONOR FICOU
CONHECIDO EM PERNAMBUCO. HOJE EM DIA, O QUE PREDOMINA NAS RÁDIOS E NA
MÍDIA EM GERAL É O FAMOSO JABÁ.

TEC: D.I: PARA OUVIR FREVO VOCÊ TEM QUE LIGAR A RÁDIO UNIVERSITÁRIA. (08:18)

TEC: EMENDA COM:
D.I: HOJE O CAMARADA QUER...
D.F: ... ELE SABE QUE EU METO O CACETE MESMO.
(08:53) (08:59)

LOC 1: AO PARTICIPAR DE FESTIVAIS INTERNACIONAIS NO MARACANÃZINHO,
CLAUDIONOR CHEGOU A SER CONVIDADO POR GERALDO VANDRÉ PARA FAZER
FRENTE DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA, NO RIO DE JANEIRO. ELE ACEITOU O
CONVITE COM A CONDIÇÃO DE SE DESLOCAR AO RIO QUANDO PRECISO, MANTENDO
ASSIM RESIDÊNCIA FIXA NO RECIFE. COMO NÃO FOI POSSÍVEL, CLAUDIONOR
PREFERIU NÃO ABANDONAR SUA TERRA.

TEC: SOBE SOM COM MÚSICA DE CLAUDIONOR

LOC 2: CONSCIENTE DAS DIFICULDADES EM SE MANTER NA MÍDIA DO ESTADO,
CLAUDIONOR PROCUROU EXPANDIR SEU TRABALHO PARA OUTRAS REGIÕES. E ELE
NÃO CONSIDERA ISTO UMA FALTA DE RECONHECIMENTO DO PÚBLICO
PERNAMBUCANO. INCLUSIVE, O LUGAR QUE ELE MAIS GOSTA DE CANTAR É A PRAÇA
DO MARCO ZERO, NO CENTRO DO RECIFE, PORQUE É ONDE REÚNE O MAIOR NÚMERO
DE PESSOAS.

LOC 1: O TRABALHO DE CLAUDIONOR COMO CANTOR É TÃO APRECIADO PELO POVO
RECIFENSE QUE QUANDO ELE CHEGOU A SE CANDIDATAR A VEREADOR, O PÚBLICO
NÃO O APOIOU NA CARREIRA POLÍTICA.

TEC: D.I: ESSA SIMPATIA. ESSE BEM-QUERER DO POVO DO RECIFE...
D.F: ... EU GOSTARIA QUE FOSSE DIFERENTE.
(32:26) (32:35)


TEC: EMENDA COM:
D.I: VÁRIAS PESSOAS...
D.F: ... NÃO QUERO QUE VOCÊ DEIXE DE CANTAR NÃO.
(32:47) (33:10)

LOC 2: APESAR DO RECONHECIMENTO DE BOA PARTE DO PÚBLICO, CLAUDIONOR
AFIRMA QUE O ARTISTA AQUI NÃO TEM COMO SE SUSTENTAR VIVENDO APENAS DE
ARTE. POR ISSO ELE TRABALHOU COMO CORRETOR DE IMÓVEIS, FOI
SURPERINTENDENTE DO GERALDÃO, E SE APOSENTOU OFICIALMENTE COMO
FUNCIONÁRIO PÚBLICO, EM 1993. E GARANTE QUE NÃO PRETENDE DEIXAR DE
CANTAR.

TEC: SOBE SOM

LOC 1: EM TODA SUA CARREIRA, O MAIOR CONCORRENTE MUSICAL DO CANTOR FOI
EXPEDITO BARACHO, AINDA NA ÉPOCA EM QUE TRABALHAVA NAS RÁDIOS.

TEC: D.I: QUANDO EU GRAVEI...
D.F: ... MALANDRO, PREGUIÇOSO.
(20:05) (20:46)

LOC 2: UMA DAS GRANDES VITÓRIAS NA CARREIRA DO CANTOR, FOI PARTICIPAR DA
INAUGURAÇÃO DA FREVIOCA, FUNDADA E CRIADA PELO HISTORIADOR LEONARDO
DANTAS. QUE TAMBÉM CRIOU A FUNDAÇÃO DE CULTURA DA CIDADE DO RECIFE.
PARA CLAUDIONOR, O FREVO NO CARNAVAL TEM QUE SER SENTIDO PELAS PESSOAS,
COMO UMA MÚSICA ROMÂNTICA PARA UM CASAL DE APAIXONADOS.

TEC: D.I: EU FIQUEI MUITO FELIZ PORQUE...
D.F: ... JUNTO COM O POVO.
(30:10) (30:32)


LOC 1: O FREVO CANÇÃO SE TORNOU O PRINCIPAL RITMO CANTADO POR
CLAUDIONOR. ELE CONSIDERA O ESTILO CARACTERÍSTICO DA REGIÃO NORDESTINA.
E POR ISSO GRAVOU INÚMERAS CANÇÕES, QUE O LEVOU AO TÍTULO DE MAIOR
CANTOR DE FREVOS DE PERNAMBUCO.

TEC: D.I.: É MODÉSTIA...
D.F.: ... DO MUNDO.
(27:09) (27:19)

TEC: EMENDA COM:
D.I: SE VOCÊS INSITEM...
D.F.: ... IR MAIS LONGE.
(27:22) (27:28)

LOC 2: FORA DA ÉPOCA DE CARNAVAL, O PERNAMBUCANO SE DEDICA A CANTAR
SELEÇÕES DE MÚSICAS DA MPB, ESPECIALEMNTE ROMÂNTICAS. SENDO ESSA, A FACE
DESCONHECIDA E PREFERIDA DO CANTOR. HÁ CINCO ANOS, CLAUDIONOR SE
PREPARA PARA GARVAR UM CD DE MÚSICAS DE MÚSICAS ROMÂNTICAS, MAS ATÉ
HOJE NÃO CONCRETIZOU O PROJETO. TOM JOMBIM, CHICO BUARQUE, VINÍCIUS DE
MORAES E GERALDO VANDRÉ ESTÃO ENTRE OS COMPOSITORES QUE COM CERTEZA
FARÃO PARTE DO REPERTÓRIO DESSE TÃO ESPERADO CD.

TEC: SOBE SOM COM A MÚSICA QUERO-TE ASSIM (24:47)

LOC1: A MÚSICA QUE VOCÊ ACABOU DE OUVIR, QUERO-TE ASSIM, DO COMPOSITOR
TITO MADI, É UMA DAS MAIS MARCANTES PARA CLAUDIONOR. UM OUTRO PROJETO
DO CANTOR AINDA PARA ESTE ANO É VOLTAR A PENSAR NA GRAVÇÃO DO SEU DVD,
QUE FOI INTERROMPIDA NO ANO PASSADO.

TEC: SOBE BG COM MÚSICA DE CLAUDIONOR

LOC 2: CONHECEMOS HOJE A PERSONALIDADE CLAUDIONOR GERMANO, UM
ROMÂNTICO CANTOR DE FREVOS, APAIXONADO POR MÚSICA E PELAS COMPOSIÇÕES
DE CAPIBA. UM ARTISTA QUE PROMETE SURPREENDER O PÚBLICO QUANDO
DIVULGAR O SEU TRABALHO VOLTADO PARA AS CANÇÕES ROMÂNTICAS.

LOC 1: OBRIGADA A TODOS OS OUVINTES DA RÁDIO UNICAP!

LOC2: O PROGRAMA DE HOJE TEVE APRESENTAÇÃO DE JULIANA DANTAS E
MARIÂNGELA MORAES, PRODUÇÃO DE DANIELA FELDMAN E MARINA REITHLER.
PRODUÇÕA TÉCNICA DE MARCOS CAVALCANTE E SUPERVISÃO GERAL DE VLAUDIMIR
SALVADOR.

Modelo_Perfil 4


TEC: RODA VINHETA (FAIXA 2 CD 1)LOC: VEREDA DA SALVAÇÃO, A PREGUIÇA, ANTÍGONA, O MELHOR JUIZ: O REI E O CABELEIRA, SÃO ALGUMAS DAS PEÇAS QUE O ATOR CARLOS REIS PARTICIPOU, DIANTE DE UM UNIVERSO DE MAIS DE CINQÜENTA PRODUÇÕES TEATRAIS, COLECIONADAS EM SUA CARREIRA.// SÃO CINQÜENTA E NOVE ANOS DE DEDICAÇÃO À ARTE.// A PRIMEIRA VEZ QUE PISOU NUM PALCO FOI EM MIL NOVESCENTOS E QUARENTA E OITO, QUANDO AINDA ESTUDAVA NO COLÉGIO SALESIANO, DE LÁ PRA CÁ NÃO PAROU MAIS.//
LOC: SEU ÚLTIMO TRABALHO FOI EM ESTA NOITE CHOVEU PRATA, NO FESTIVAL JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS, NO ANO PASSADO.// MESMO SEM GOSTAR MUITO DE FAZER CINEMA E TV, JÁ RECEBEU VÁRIOS CONVITES, POR SER UM DOS ATORES MAIS CONHECIDOS NO ESTADO, PARTICIPANDO APENAS DE TRÊS LONGAS, A BATALHA DOS GUARARAPES, CHOFFER: A BELEZA DO MUNDO E O CANGACEIRO.// TAMBÉM JÁ PARTICIPOU DE DUAS NOVELAS E UM ESPECIAL DE SEMANA SANTA PARA A REDE GLOBO DE TELVISÃO.//
TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “NÃO GOSTO NEM DE CINEMA NEM DE TELEVISÃO...”
DF: “...NÃO QUERO DE JEITO NENHUM.”

LOC: NO ANO DE MIL NOVESCENTOS E SESSENTA, DEPOIS DE TRABALHAR DOZE ANOS NO TEATRO AMADOR, CARLOS INGRESSOU NA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PARA ESTUDAR AGRONOMIA, NESSE MESMO PERÍODO FOI CONVIDADO A CRIAR O TEATRO DA UNIVERSIDADE.// DESDE ENTÃO COMEÇOU A SUA TRAJETÓRIA NA PAIXÃO DE CRISTO.//

TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “POR QUÊ AGRONOMIA?...”
DF: “...DAÍ EU NUNCA MAIS LARGUEI ESSE MOVIMENTO”

LOC: NOS ANOS SEGUINTES, CARLOS REIS FOI CONVIDADO A VOLTAR COM UM PAPEL FIXO.// PORÉM, EM MIL NOVESCENTOS E SESSENTA E DOIS O ESPETÁCULO DEIXOU DE SER REALIZADO, POIS PLÍNIO PACHECO, QUE NA ÉPOCA ERA DIRETOR, DECIDIU CONSTRUIR O MAIOR TEATRO AO AR LIVRE DO MUNDO PARA ABRIGAR A PRODUÇÃO.//
TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “LÁ NUM BARZINHO EM 1962...”
DF: “...EU SEI QUE ELE TERMINOU CONSEGUINDO COM UM MINISTRO.”

LOC: EM MIL NOVESCENTOS E SESSENTA E OITO, A PAIXÃO DE CRISTO VOLTOU A SER APRESENTADA, COM NOVA ESTRUTURA.// A PARTICIPAÇÃO DO ATOR FOI ELOGIADA PELO PÚBLICO E NO ANO SEGUINTE ELE RECEBEU O PAPEL PRINCIPAL, JESUS CRISTO.// DURANTE OITO ANOS ELE PERMANECEU COMO PROTAGONISTA, E HOJE, DIVIDE A DIREÇÃO DO ESPETÁCULO COM O ATOR LÚCIO LOMBARDI.// PARA LÚCIO, TRABALHAR COM CARLOS É UMA EXPERIÊNCIA GRATIFICANTE.//

TEC: RODA ENTREVISTA COM LÚCIO LOMBARDI
DI: “E TEM SIDO O CARLOS UMA PESSOA BOA DE SE TRABALHAR...”
DF: “...MUITO DELICADA E.”

EMENDA COM

DI: “ISSO TEM AJUDADO...”
DF: “...QUE JÁ DURA DEZ ANOS.”

EMENDA COM

DI: “É UM DOS MELHORES ATORES DE PERNAMBUCO...”
DF: “...QUALQUER PAPEL VOCÊ PODE FAZER.”

LOC: PARALELO AO TRABALHO EM NOVA JERUSALÉM, CARLOS CONTINUOU ATUANDO EM PEÇAS NO TEATRO POPULAR DO NORDESTE, O T-P-N, CRIADO POR HERMILO BORBA FILHO.// O GRUPO FICOU EM ATIVIDADE POR CINCO ANOS, DURANTE A DITADURA MILITAR, TENDO QUE INTERROMPER OS TRABALHOS EM 1968, COM O A-I-CINCO.// CARLOS CONTA COMO O GRUPO SOFREU COM ESTA REPRESSÃO.//
TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “ SURGIU A ORGANIZAÇÃO EXPÚRIA...”
DF: “...ELA FICOU COM UM PROBLEMA”

EMENDA COM

DI: “DEU NOTÍCIA NO BRASIL TODO...”
DF: “...SAÍA PELAS DUAS CURVAS QUE TINHAM.”

EMENDA COM

DI: “GRAÇAS A DEUS ELES NÃO FIZERAM ISSO NÃO...”
DF: “...PARA ASSUSTAR O PESSOAL”

LOC: UMA DE SUAS COMPANHEIRAS DO GRUPO T-P-N, LÚCIA NEUEN, DESCREVE O VALOR DE DIVIDIR O PALCO COM CARLOS REIS.//

TEC: RODA ENTREVISTA COM LUCIA NEUEN
DI: “TRABALHAMOS JUNTOS NO TEATRO POPULAR DO NORDESTE...”
DF: “...ELE É O IRMÃO QUE EU ESCOLHERIA.”

LOC: AOS SETENTA ANOS, CARLOS REIS É ENGENHEIRO AGRONOMO, ESCRITOR, ATOR E DIRETOR.// A EXPERIÊNCIA DE ESCREVER É MAIS RECENTE.// O PRIMEIRO LIVRO FOI LANÇADO EM DOIS MIL, UMA HOMENAGEM AO MAIOR ESPETÁCULO AO AR LIVRE DO MUNDO, CHAMADO MEIO SÉCULO DE PAIXÃO.// O SEGUNDO ESTÁ SENDO CONCLUÍDO, CHAMA-SE LUIZ MENDONÇA, TEATRO É FESTA PARA O POVO.// COMO AGRONOMO, A HISTÓRIA É BEM MAIS ANTIGA, PORÉM, PARA CARLOS, AMOR MESMO, SÓ A UMA PROFISSÃO.//

TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “ATUALMENTE SOU APOSENTADO DA MINHA PROFISSÃO...”
DF: “... MAS VIVENDO COMO ATOR.

LOC: CARLOS REIS TEM DOIS FILHOS DO PRIMEIRO CASAMENTO.// UM DELES, LUIZ AUGUSTO, DE 40 ANOS, TAMBÉM É APAIXONADO PELOS PALCOS, MAS NÃO ATUA.// O OUTRO É JOSÉ CARLOS, DE 42 ANOS, MORA EM BELO HORIZONTE E TRABALHA NO RAMO DE SEGUROS.//
TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “LUIZ AUGUSTO SÓ VIVE PENSANDO EM TEATRO, MAS NÃO É À TOA...”
DF: “...QUE POUCOS TEM AQUI”

EMENDA COM

DI: “MEU OUTRO FILHO GOSTA DE TEATRO...”
DF: “...MAS É UM FÃ MEU ARDOROSO”

LOC: ATUALMENTE CARLOS ESTÁ NO SEGUNDO CASAMENTO, COM CAROLINA.// ELES ESTÃO JUNTOS HÁ TRINTA E QUATRO ANOS.// CAROLINA TAMBÉM É ATRIZ, ELES SE CONHECERAM NA PAIXÃO DE CRISTO.//

TEC: RODA ENTREVISTA COM CARLOS REIS
DI: “QUANDO EU ME CASEI COM ELA, ELA JÁ TINHA QUATRO FILHOS...”
DF: “...DE LÁ PRA CÁ FICOU JUNTO ATÉ HOJE”

TEC: RODA VINHETA (CD 1, FAIXA 2)

Modelo_Perfil 3

SCRIPT

PRIMEIRO BLOCO

TEC: RODA MÚSICA ______________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. T.:____

LOC 1: A RÁDIO EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO APRESENTA...

TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG.

LOC 2: ADRIANO CABRAL: A OUSADIA DE UM MATEUS.

TEC: RODA MÚSICA______________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. T.: ____

TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 1 – T.: ____)
DI: “OI, OI, OI MINHA GENTE...”
DF: “...SINTONIZAR AQUI.”

TEC: SOBE SOM COM EFEITO SONORO DE TRANSMISSÃO RADIOFÔNICA.

LOC 1: !É ISSO AÍ MATEUS! A PARTIR DE AGORA VOCÊ E TODOS OS OUVINTES VÃO ACOMPANHAR COMIGO, MAGDA NEGROMONTE, E JÔNATAS LIMA UM PROGRAMA ESPECIAL SOBRE A VIDA DE ADRIANO CABRAL. ESSE OUSADO ATOR PERNAMBUCANO QUE VIVE E SE MANTÉM DA ARTE.
TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG.

LOC 2: ADRIANO DA CUNHA CABRAL, TRINTA E SEIS ANOS, É FORMADO EM LETRAS PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO E FEZ VÁRIOS CURSOS RELACIONADOS AO TEATRO. ELE SEMPRE QUIS SEGUIR CARREIRA ARTÍSTICA MAS SEUS PAIS ERAM CONTRA, POIS NÃO VIAM FUTURO NESSA PROFISSÃO.

LOC 1: MAS EM MIL NOVECENTOS E OITENTA E NOVE ADRIANO LEU, NUM JORNAL DA CIDADE, A MATÉRIA A VONTADE DO ATOR ACABA SE REALIZANDO E TOMOU CORAGEM PARA FAZER TEATRO SEM O CONHECIMENTO DOS PAIS. ENQUANTO FREQUENTAVA CURSOS COM O DINHEIRO QUE ECONOMIZAVA DOS LANCHES, ELE DIZIA PARA OS PAIS QUE ESTAVA FAZENDO DISCIPLINAS ISOLADAS PARA O VESTIBULAR.

LOC 2: DIFICULDADES NÃO FALTARAM. ADRIANO VIVEU VÁRIAS SITUÇÕES INUSITADAS. A MAIS ENGRAÇADA FOI QUANDO CHEGOU DE MADRUGADA EM CASA DEPOIS DE UMA APRESENTAÇÃO. COM MEDO QUE SEUS PAIS VISSEM AS ROUPAS E ELE AS JOGOU POR CIMA DO MURO, MAS ELAS CAIRAM JUSTAMENTE NO GALINHEIRO. AS GALINHAS FIZERAM MUITO BARULHO E PARA ACALMÁ-LAS ADRIANO PRECISOU CONVERSAR COM ELAS.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. BG: SOM DE GALINHA. (SONORA 2 – T.: ____)
DI:“...MEU DEUS, EM NEGOCIANDO...”
DF:“...COMO TUDO É FRITO.”

LOC 1: EM SUA ESTRÉIA NO TEATRO, NO BARRETO JÚNIOR, ADRIANO PASSOU POR MAIS UMA SITUAÇÃO COMPLICADA QUANDO SUA CARTEIRA FOI ENCONTRADA NO ÔNIBUS QUE CIRCULAVA PELA ZONA SUL DO RECIFE. NA ÉPOCA, ELE ERA ADOLESCENTE, E SEUS PAIS, PREOCUPADOS, FORAM PERGUNTAR COMO ESSA CARTEIRA TINHA IDO PARAR TÃO LONGE, POIS ELES MORAVAM NA CIDADE DO PAULISTA, NORTE DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. BG: SOM DE ÔNIBUS. (SONORA 3 – T.: ____)
DI:“AÍ EU TREMIA TODINHO...”
DF:“...FLORIEI BASTANTE.”

LOC 2: MAS TODOS ESSES DESAFIOS FORAM IMPORTANTES PARA O AMADURECIMENTO PROFISSIONAL E PESSOAL DESSE ATOR.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 4 – T.: ____)
DI:“VIVIA ASSIM UM MEDO...”
DF:“... ULTRAPASSAR OBSTÁCULOS.”

TEC: RODA MÚSICA______________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. - T.:___

LOC 1: VOCÊ ESTÁ OUVINDO...

TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG. - T.: 3''

LOC 2: ADRIANO CABRAL: A OUSADIA DE UM MATEUS.
TEC: RODA MÚSICA_____________________________________, SOBE SOM E DISSOLVE. - T.:___

LOC 1: FORAM CINCO ANOS PASSANDO POR SITUAÇÕES TRÁGICAS E CÔMICAS. MAS, QUANDO COMEÇOU A SAIR MATÉRIAS RELACIONADAS A ELE NOS JORNAIS, ADRIANO DECIDIU CONTAR A VERDADE AOS SEUS PAIS.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 5 – T.: ____)
DI: “A CASA CAIU…”
DF: “… DE FAZER TEATRO.”

LOC 2: PARA ASSEGURAR QUE, DE FOME, NÃO MORRERIA, ADRIANO COMEÇOU A CANTAR NOS ÔNIBUS. MAS ELE NÃO CANTAVA NORNMALMENTE, FAZIA UMA RELEITURA DAS MÚSICAS E AS COLOCAVA DE TRÁS PARA FRENTE.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 6 – T.: ____)
DI: “EU FAZIA DA MÚSICA...”
DF: “... GOTO, MIAU.”

LOC 2: ?E NÃO É QUE DEU CERTO MESMO?
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 7 – T.: ____)
DI: “AÍ EU CANTAVA QUATRO...”
DF: “... ERA MUITO DINHEIRO.”
EMENDA COM:
DI: “AÍ EU DISSE PARA O MEU...”
DF: “... FOME EU NÃO PASSO.”
EMENDA COM:
DI: “ENTÃO ELE FOI SE...”
DF: “...OLHE A HORA VIU.”

LOC 1: HOJE OS PAIS DE ADRIANO ATÉ INCENTIVAM A SUA CARREIRA QUE ESTÁ CADA VEZ MAIS CONSOLIDADA. A ÚNICA DIFICULDADE QUE ELE ENFRENTA É DESENVOLVER PROJETOS DEVIDO À FALTA DE INCENTIVO NAS ARTES NO BRASIL.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 8 – T.: ____)
DI: “É UMA COISA ASSIM...”
DF: “...NUNCA AO SISTEMA.”
EMENDA COM:
DI: “E A CRIANÇA NÃO...”
DF: “...PARA SER PÚBLICO.”

LOC 2: ADRIANO LUTA PELA VALORIZAÇÃO DO TEATRO PORQUE ACREDITA QUE ESSA ARTE VAI ALÉM DOS ESPETÁCULOS. PARA ELE É UMA POSSIBILIDADE DE FALAR SOBRE O SENTIMENTO HUMANO E DO ARTISTA EXPRESSAR SUA FILOSOFIA DE VIDA.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 9 – T.: ____)
DI: “EU QUERO FAZER...”
DF: “... INTERESSE HUMANO.”
EMENDA COM:
DI: “POR ISSO EU JÁ...”
DF: “... A MORTE, FUI NADA.”

LOC 1: UM ARTISTA COM DIFERENTES HABILIDADES. ESSA É UMA DAS MANEIRAS DE DEFINIR ADRIANO CABRAL. ALÉM DE FAZER ENCENAÇÃO NO TEATRO, ELE COSPE FOGO, FAZ ACROBACIAS E DANÇA. TAMBÉM MINISTRA CURSOS DE CONTADOR DE HISTÓRIAS PARA PROFESSORES DAS REDES PÚBLICA E PARTICULAR E PERTENCE À COMPANHIA CRIARTE DE DANÇA.

LOC 2: HÁ TRÊS ANOS ELE ENSINA INTERPRETAÇÃO TEATRAL E EXPRESSÃO CORPORAL NO ESPAÇO ARTE VIVA, ONDE, EM MIL NOVECENTOS E OITENTA E NOVE FEZ SUAS PRIMEIRAS AULAS DE TEATRO
.

TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 10 – T.: ____)
DI: “ANOS DEPOIS EU VOLTO...”
DF: “... DESSAS DUAS MODALIDADES.”

LOC 1: NA AGENDA DO ATOR TAMBÉM HÁ ESPAÇO PARA A SOLIDARIEDADE. ELE PARTICIPA DO GRUPO CIGANOS DE LUZ, QUE SE APRESENTA EM ABRIGOS E HOSPITAIS MOSTRANDO A TRILOGIA DESSES POVOS: A VIDA, O AMOR E A LIBERDADE. ADRIANO RECITOU O POEMA DECLARAÇÃO À VIDA, TEMA DOS CIGANOS DE LUZ.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 11 – T.: ____)
DI: “
DF: “

TEC: RODA MÚSICA_______________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. T.:___

LOC 2: “ADRIANO CABRAL: A OUSADIA DE UM MATEUS” TRAZ MAIS SURPRESAS POR
TEC: RODA MÚSICA_____________________________________, SOBE SOM E DISSOLVE. T.: ___

SEGUNDO BLOCO
TEC: RODA MÚSICA_______________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. T.:__

LOC 1: A RÁDIO EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO VOTEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG. - T.: 3''

LOC 2: ADRIANO CABRAL: A OUSADIA DE UM MATEUS.
TEC: RODA MÚSICA ____________________________________, SOBE SOM E DISSOLVE. T.:___

LOC 1: EM MIL NOVECENTOS E NOVENTA E TRÊS, ADRIANO ENCONTROU NAS RUAS DO RECIFE UM BRINCANTE DO CAVALO MARINHO VESTIDO DE MATEUS.
TEC: SOBE SOM E VAI À BG: EFEITO.

LOC 2: O CAVALO-MARINHO É UMA DANÇA FOLCLÓRICA DO NORDESTE QUE TEVE ORIGEM NAS FESTAS DO BUMBA-MEU-BOI.
TEC: SOBE SOM E DISSOLVE: EFEITO.

LOC 1: ENCANTADO COM O BRINCANTE, QUE DIVERTIA O POVO ATRAVÉS DO IMPROVISO, ADRIANO COMEÇOU A PESQUISAR . UMA SEMANA DEPOIS FOI NA CASA DE MESTRE SALUSTIANO, ALUGOU UMA ROUPA E A BEXIGA QUE O MATEUS USA PARA BATER NOS INIMIGOS.

LOC 2: ADRIANO RESOLVEU TESTAR O PERSONAGEM NO LANÇAMENTO DE UM LIVRO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. TROCOU DE ROUPA, SE PINTOU COM CARVÃO E COMEÇOU O SHOW.

TEC: ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 12 – T.: ____)
DI: “DESCI ESCADARIA ABAIXO...”
DF: “... JÁ FAZ, ACONTECE E DESAPARECE.”

LOC 1: DESDE ENTÃO, NÃO LARGOU MATEUS. EM DOIS MIL INICIOU UMA PARCERIA COM A ATRIZ RIVA SANTOS. ELES CRIARAM UMA PRODUTORA ARTÍSTICA E PASSARAM A ENCENAR JUNTOS: ELA COMO CATIRINA E ELE COMO MATEUS.
LOC 2: COM ESSA PARCERIA ELES CONSEGUIRAM POPULARIZAR ESSES PERSONAGENS.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 13 – T.: ____)
DI: “A GENTE CONSEGUIU CHEGAR...”
DF: “... A POPULARIZAR MAIS.”
EMENDA COM:
DI: “A GENTE DEU ESSA...”
DF: “ATÉ AQUI VOCÊS ESTÃO?

LOC 1: RIVA EXPLICA A IMPORTÂNCIA DE MATEUS E CATIRINA:
TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS. (SONORA 14 – T.: ____)
DI: “ELES SÃO OS PERSONAGENS...”
DF: “...CRESCIMENTO DO CIDADÃO.”
EMENDA COM:
DI: “POR QUE ELES SE ASSIMILAM...”
DF: “...NEM LER E ESCREVER.”

LOC 2: MAS A HISTÓRIA DESSA DUPLA, ADRIANO E RIVA, COMEÇA BEM ANTES DISSO. A ATRIZ CONTA OS DETALHES.
TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS. (SONORA 15 – T.: ____)
DI: “NA VERDADE, TEM...”
DF: “...ÉRAMOS ADOLESCENTES.”
EMENDA COM:
DI/DF: “A GENTE NAMOROU UNS QUATRO MESES.”

LOC 1: DEPOIS DE UM CERTO TEMPO ELES FIZERAM UM TRABALHO JUNTOS NA CASA DA CULTURA. NESSE INSTANTE PERCEBERAM AS SEMELHANÇAS QUE OS APROXIMAVAM.
TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS. (SONORA 16 – T.: ____)
DI: “ A GENTE COMEÇOU A VER...”
DF: “...ELE TAMBÉM IA ATRÁS.”

LOC 2: E ATÉ HOJE RIVA TEM UM SENTIMENTO ESPECIAL POR ELE.

TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS. (SONORA 17 – T.: ____)
DI: “EU POSSO DIZER EU AMO...”
DF: “...DE AMIZADE PROFUNDA DEMAIS.”

LOC 1: !EITA QUE É MUITA ADMIRAÇÃO!

LOC 2: E VOCÊ AINDA NÃO VIU NADA. PERGUNTEI A RIVA O QUE ELA FALARIA PARA HOMENAGEÁ-LO. ACOMPANHE:

TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS. (SONORA 18 – T.: ____)
DI: “QUE ELE CONTINUE A SER...”
DF: “...ENGRANDECE UM ATOR.”

TEC: RODA MÚSICA_____________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. - T.:____

LOC 1: ESTAMOS APRESENTADO...

TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG. - T.: 3''

LOC 2: ADRIANO CABRAL: A OUSADIA DE UM MATEUS. .

TEC: RODA MÚSICA_____________________________________, SOBE SOM E DISSOLVE. - T.:___

LOC 1: A CRIATIVIDADE DE ADRIANO NÃO SE LIMITOU AO MATEUS, ELE TAMBÉM CRIOU E INTERPRETOU OUTROS PERSONAGENS.
TEC: ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 19 – T.: ____)
DI: “MANEZINHO E A NOIVA...”
DF: “...VINTE PERSONAGENS.”
EMENDA COM:
DI: “E OS ÚLTIMOS AGORA...”
DF: “... BOM SMAARITANO.”

LOC 2: ADRIANO JÁ LEVOU SUAS CRIAÇÕES PARA VÁRIOS ESTADOS BRASILEIROS E PAÍSES EUROPEUS.

LOC 1: NA ÚLTIMA VIAGEM INTERNACIONAL ELE FOI PARA PORTUGAL, ONDE REPRESENTOU, AO MESMO TEMPO, CATIRINA E MATEUS. NA ENCENAÇÃO, QUANDO INTERPRETAVA O PAPEL DE CATIRINA, ELE DAVA DICAS EXTRAVAGANTES DE BELEZA.
TEC: ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 20 – T.: ____)
DI: “ENSINO TODOS OS COQUETÉIS...”
DF: “... INVENTANDO UM MONTE DE COISAS.”
EMENDA COM:
DI/DF: “PARA”
EMENDA COM:
DI: “OS OLHOS FICAREM MAIS...”
DF: “... OLHOS DE ESTRELA.”

LOC 2: DAS VIAGENS NACIONAIS QUE REALIZOU, UMA LHE CHAMA MAIS A ATENÇÃO: QUANDO FOI AO RIO DE JANEIRO, JUNTO COM RIVA. ELES DESFILARAM, DE PENETRA, NA IMPÉRIO SERRANO, QUE APRESENTAVA UM ENREDO SOBRE PERNAMBUCO. RIVA LEMBRA OS MOMENTOS EMOCIONANTES QUE ELES VIVERAM NESSA AVENTURA:

TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS. (SONORA 21 – T.: ____)
DI: “AÍ FOI UMA MARAVILA...”
DF: “... LÁGRIMAS DESCIAM, DESCIAM.”

LOC 1: ADRIANO NUNCA FAZ DAS VIAGENS APENAS TRABALHO OU DIVERSÃO. ELE SEMPRE VAI PREPARADO PARA OUTRAS ATIVIDADES. ASSIM EM QUALQUER HORA DE INSPIRAÇÃO, TROCA DE ROUPA E SAI PELAS RUAS ENCENANDO, COMO FEZ EM SALVADOR.

TEC: ENTREVISTA COM A ADRIANO CABRAL. (SONORA 22 – T.: ____)
DI/DF: “EU FUI PARA AS RUAS DE CATIRINA”
EMENDA COM:
DI/DF: “PEGUEI ÔNIBUS, FUI CANTANDO, FUI EM SHOPPING”
EMENDA COM:
DI: “E O POVO OLHANDO E NÃO...”
DF: “...INCHOU MINHA PANÇA.”

LOC 2: ADRIANO SEGUE VERDADEIRAMENTE O ESPÍRITO MANBEMBE EM QUE O ARTISTA VAI AONDE O POVO ESTÁ. PARA ELE, QUALQUER LUGAR PODE SER UM PALCO.
TEC: ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 23 – T.: ____)
DI: ”JÁ ME APRESENTEI...”
DF: “... COMO EM UMA PALAFITA.”

LOC 1: E NESSAS ANDANÇAS PELO MUNDO, PRÊMIOS TAMBÉM NÃO FALTARAM, FORAM SETE NO TOTAL. AS PREMIAÇÕES MAIS RECENTES FORAM DE MELHOR ATOR COADJUVANTE INFANTIL NA PEÇA “MEU REINO POR UM DRAMA” E MELHOR ATOR COADJUVANTE ADULTO NA PEÇA “O BOM SAMARITANO”. AMBAS PRODUÇÕES FORAM ENCENADAS NO JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS DE DOIS MIL E OITO. “MEU REINO POR UM DRAMA” JÁ VOLTOU EM CARTAZ E ADRIANO CHAMA A TODOS PARA ASSISTIR.

TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 24 – T.: ____)
DI: “CONVIDO VOCÊS PARA O TEATRO...”
DF: “...JUNTO, VENHAM PARA RECIFE.”

LOC 2: ?AINDA ESTÁ EM DÚVIDA SE VAI OU NÃO ASSITIR À PEÇA? ENTÃO CONFIRA AGORA, NA VOZ DE ADRIANO, UM TRECHO DO “MEU REINO POR UM DRAMA”.
TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 25 – T.: ____)
DI: “
DF: “

LOC 1: O TRABALHO MAIS RECENTE QUE ADRIANO PARTICIPOU FOI A PAIXÃO DE CRISTO DE NOVA JERUSALÉM EM DOIS MIL E OITO. A CONVITE, ELE INTERPRETOU CINCO PERSONAGENS: UM DOS DEMÔNIOS, O HOMEM DA CORTE, UM PRÍNCIPE, UM HOMEM DO POVO E UM VENDEDOR DA JUDÉIA.

LOC 2: DEPOIS DE TANTOS TRABALHOS E REALIZAÇÕES ADRIANO AINDA BUSCA REALIZAR DOIS SONHOS:


TEC: ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 26 – T.: ____)
DI: “É SÓ TRABALHAR MAIS...”
DF: “... EU MESMO QUE ESCREVO.”

LOC 1: NUNCA TER DESISITIDO, ESSE FOI O SEGREDO DE ADRIANO PARA VENCER OS OBSTÁCULOS DO MEIO ARTÍSTICO.

TEC: RODA ENTREVISTA COM ADRIANO CABRAL. (SONORA 27 – T.: ____)
DI: ”MEU NOME SERIA PERSISTÊNCIA...”
DF: “...VOU CHORAR.”

LOC 1: ?TÁ VENDO JÔNATAS QUE POR TRÁS DESSE MATEUS HÁ UM ADRIANO COM MUITAS HISTÓRIAS PARA CONTAR?

LOC 2: REALMENTE. ?MAS, Ô MAGDA, TU NÃO ESTÁS ACHANDO ALGUMA COISA ESTRANHA NÃO?


LOC 1: É MESMO, MATEUS ESTAVA COM A GENTE NO INÍCIO DO PROGRAMA, MAS ELE SUMIU.

LOC 2: NÃO MENINA, TÔ FALANDO DE CATIRINA. ?CADÊ ELA? ?SERÁ QUE ELA ESTAVA ESCUTANDO O PROGRAMA?

TEC: RODA ENTREVISTA COM RIVA SANTOS (SONORA 28 – T.: ____)
DI: “EITA MINHA GENTE...”
DF: “...VOU FICAR É COM ADRIANO VISSE?”

TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG. - T.: 3''

LOC 1: É ISSO MESMO CATIRINA. VÁ ATRÁS DO SEU MATEUS QUE NÓS VAMOS FICANDO POR AQUI.

LOC 2: OUVINTES, OBRIGADO PELA ATENÇÃO E ATÉ O PRÓXIMO PROGRAMA.


TEC: RODA MÚSICA_______________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. T.: ___

LOC 1: A RÁDIO EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO APRESENTOU...
TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG. - T.: 3''

LOC 2: ADRIANO CABRAL: A OUSADIA DE UM MATEUS.

TEC: RODA MÚSICA DO CAVALO-MARINHO (CD ESPETÁCULOS POPULARES DE PERNAMBUCO – FAIXAS 14), SOBE SOM E VAI À BG. - T.: 3''

LOC 1: APRESENTAÇÃO E REPORTAGEM: JÔNATAS LIMA E MAGDA NEGROMONTE.

LOC 2: PRODUÇÃO: ANA LUIZA E TARSILA BURITY.

LOC 1: TRABALHOS TÉCNICOS: MARCOS CAVALCANTE E MARCOS ANDRÉ.

LOC 2: ORIENTAÇÃO: VLAUDIMIR SALVADOR.

TEC: RODA MÚSICA_____________________________________, SOBE SOM E VAI À BG. - T.:____

Modelo_Perfil 2


SCRIPT RÁDIO
PERFIL DA ORQUESTRA 100% MULHER


PRIMEIRO BLOCO

LOC: A PARTIR DE AGORA, NÓS VAMOS CONHECER A HISTÓRIA DA ORQUESTRA FEMININA CEM POR CENTO MULHER. UM GRUPO QUE, HÁ QUASE CINCO ANOS, VEM SUPERANDO PRECONCEITOS E CONQUISTANDO SEU ESPAÇO NO CENÁRIO MUSICAL DE PERNAMBUCO.


LOC: NESTE PROGRAMA, A ORQUESTRA REVELA TODA SUA EXPERIÊNCIA NO MUNDO DA MÚSICA. OS SHOWS MAIS MARCANTES E OS SONHOS.

TEC: RODA MÚSICA CORISCO (FAIXA 1), SOBE E VAI À BG (T 30’’)

LOC: A ORQUESTRA CEM POR CENTO MULHER FOI CRIADA EM AGOSTO DE 2003 PELA MAESTRINA CARMEN PONTES E SUA AMIGA ELIZABETE BEZERRA, INTEGRANTES DA BANDA SINFÔNICA DO RECIFE. O OBJETIVO MAIOR DESSE GRUPO É FORTALECER OS RITMOS DE PERNAMBUCO.

LOC: ATUALMENTE, ELA É FORMADA POR DEZESSETE MUSICISTAS, ENTRE METAIS, PERCUSSÃO E VOCAL, QUE VIERAM DE ESCOLAS, CONSERVATÓRIOS E BANDAS DE MÚSICA DE TODO O ESTADO. A CANTORA DA ORQUESTRA, ILANA VENTURA, EXPLICA PORQUE SURGIU A IDÉIA DE FORMAR UM GRUPO SÓ DE MULHERES.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 27’’)
D.I.: “PORQUE AS MULHERES, NO CASO, AS MUSICISTAS...”
D.F.: “COISA QUE É MAIS MASCULINO.”
EMENDA COM
D.I.: “A MULHERADA SIM...”
D.I.: “... A MULHER É COMPETENTE.”


LOC: MAS, ATÉ A FORMAÇÃO DA ORQUESTRA, FOI PRECISO MUITO ESFORÇO PARA JUNTAR TANTAS MULHERES NUM SÓ GRUPO. A MAESTRINA CARMEN PONTES RELEMBRA O INÍCIO DESSA HISTÓRIA.

TEC: RODA ENTREVISTA CARMEN PONTES. (T. 39’’)
D.I.: “DE INÍCIO FOI MUITO DIFÍCIL...”
D.I.: “... NÃO PRECISA NEM IR PRO INTERIOR, VIU?”



LOC: DEPOIS DE FORMADA A ORQUESTRA, AS MENINAS BATALHARAM NA DIVULGAÇÃO DO GRUPO. ELAS NÃO TIVERAM APOIO DE FAMOSOS NO MEIO ARTÍSTICO, E TUDO FOI CONQUISTADO À BASE DE MUITO TRABALHO. ILANA VENTURA RELEMBRA AS DIFICULDADES DO ÍNICIO DA CARREIRA.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T.35’’)
D.I.: “A GENTE FOI BATENDO NA PORTA...”
D.F.: “... OS LOUROS VÃO CHEGANDO.”


TEC: RODA MÚSICACHEGANÇA (FAIXA 7), SOBE E VAI À BG. (T.46’’)

LOC: PARA O BOM DESEMPENHO DE UMA ORQUESTRA, É PRECISO UMA BOA MAESTRINA. CARMEN PONTES REVELA O DESAFIO DE ESTAR A FRENTE DE UM GRUPO FORMADO APENAS POR MULHERES.

TEC: RODA ENTREVISTA CARMEN PONTES. (T. 37’’)
D.I.: “QUANDO SE TEM UM PRODUTOR...”
D.I.: “... JÁ ESQUECI TUDO O QUE PASSEI.”
EMENDA COM
D.I.: “EU ME SINTO REALIZADA...”
D.I.: “... PRA MIM É MUITO BOM.”


LOC: CARMEN GARANTE TAMBÉM QUE A EXPERIÊNCIA COMO INTEGRANTE DA BANDA SINFÔNICA DO RECIFE GERA UMA TROCA BASTANTE ENRIQUECEDORA ENTRE ELA E O GRUPO.

TEC: RODA ENTREVISTA CARMEN PONTES. (T. 28’’)
D.I.: “EU PASSO TUDO O QUE SEI...”
D.F.: “... ESSA TROCA.”


TEC: RODA MÚSICA FREVO MULHER (FAIXA 3), SOBE E VAI À BG. (T 1’16’’)


LOC: O PRECONCEITO POR SER UM GRUPO FEMININO TAMBÉM FEZ PARTE DO DIA A DIA DA CEM POR CENTO MULHER. ILANA VENTURA CONTA UMA HISTÓRIA EM QUE A ORQUESTRA SENTIU ESSE TIPO DE PRECONCEITO.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 50’’)
D.I.: “CHEGAMOS PRA FAZER UMA FESTA...”
D.F.: “... E UMA SÉRIE DE COISAS”


LOC: MAS, DESDE O INÍCIO, A ORQUESTRA JÁ OBSERVA UMA EXPANSÃO NO MERCADO MUSICAL FEMININO E UM RESPEITO MUITO MAIOR ÀS MULHERES QUE FAZEM MÚSICA NO ESTADO.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 40’’)
D.I.: “HOJE, A GENTE JÁ VÊ...”
D.F.: “... ORQUESTRAS MASCULINAS.”


LOC: NO PRÓXIMO BLOCO...

LOC: AS MUSICISTAS CONTAM SOBRE SUAS REFERÊNCIAS MUSICAIS, O CD DEMO GRAVADO POR ELAS E OS PLANOS PARA O FUTURO.

TEC: INTERVALO. RODA VINHETA.

SEGUNDO BLOCO

TEC: RODA MÚSICA FREVO E CIRANDA (FAIXA 4), SOBE E VAI À BG (T.49’’)

LOC: A ORQUESTRA CEM POR CENTO MULHER BUSCA CADA VEZ MAIS SE FIRMAR NO CENÁRIO MUSICAL REGIONAL. PARA ISSO, VAI AO ENCONTRO DE SUAS INFLUÊNCIAS NAS RAÍZES DA MÚSICA NORDESTINA. ILANA DESTACA AS REFERÊNCIAS DO GRUPO.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 1’20’’)
D.I.: “É CAPIBA...”
D.F.: “... TRAZEM PRA ORQUESTRA MUITA COISA.”
EMENDA COM
D.I.: “COM RELAÇÃO A CANTOR...”
D.F.: “... FAZENDO COISA NOVA”.


LOC: NA HORA DE INTERPRETAR GRANDES SUCESSOS DA MÚSICA PERNAMBUCANA, ILANA AFIRMA QUE A MAIOR RESPONSABILIDADE É APRESENTAR QUALIDADE NO TRABALHO.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T.22’’)
D.I.: “AS PESSOAS CONHECEM...”
D.F.: “... QUALIDADE ACIMA DE TUDO.”


TEC: RODA MÚSICA PRAIEIRA (FAIXA 5), SOBE E VAI À BG (T. 1’10’’)


LOC: ATUALMENTE, A CEM POR CENTO MULHER TEM UM CD INDEPENDENTE COM OITO MÚSICAS, QUE EXPLORA OS DIVERSOS RITMOS NORDESTINOS COMO O FREVO, O CABOCLINHO, O MANGUE E A CIRANDA. ESSE CD TAMBÉM TRAZ UMA MÚSICA INÉDITA: VENEZA DO BRASIL.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 1’30’’)
D.I.: “ESSE É UM CD DEMO...”
D.F.: “... TENTAR COMPLETAR O CD.”
EMENDA COM
D.I.: “TEM O COCO CEM POR CENTO MULHER...”
D.F.: “... COM ISSO AÍ NA MANGA.”
TEC: RODA MÚSICA VENEZA DO BRASIL (FAIXA 2), SOBE E VAI À BG
(T 1’06’’)


LOC: ALÉM DE MÚSICAS INÉDITAS, O FUTURO CD DA ORQUESTRA VAI RESGATAR FREVOS ANTIGOS. CARMEN PONTES REVELA COMO ESSE TRABALHO ESTÁ SENDO PENSADO.

TEC: RODA ENTREVISTA CARMEN PONTES. (T. 39’’)
D.I.: “A GENTE TÁ TRAZENDO ALGUNS RITMOS...”
D.F.: “... O QUE A GENTE PENSA É NISSO.”


LOC: NO PRÓXIMO BLOCO...

LOC: A ORQUESTRA CONTA SOBRE AS EXPERIÊNCIAS MAIS MARCANTES, EM QUASE CINCO ANOS DE CARREIRA, E OS SONHOS DO GRUPO PARA O FUTURO.

TEC: INTERVALO. RODA VINHETA.

TERCEIRO BLOCO
LOC: COM APENAS QUATRO ANOS E SETE MESES DE CARREIRA, A ORQUESTRA CEM POR CENTO MULHER JÁ TRAZ EXPERIÊNCIAS BASTANTE VARIADAS NO MUNDO DA MÚSICA. ELA PARTICIPA DO CARNAVAL MULTICULTURAL DO RECIFE DESDE A SUA CRIAÇÃO. JÁ ACOMPANHOIU ARTISTAS COMO ED CARLOS, EDIUZA AIRES, ANTÚLIO MADUREIRA E EDSON CORDEIRO. ALÉM DISSO, MARCOU PRESENÇA EM ALGUMAS CIDADES DO INTERIOR COMO CARPINA, LIMOEIRO E GARANHUNS E FOI CONVIDADA PELO MESTRE SALUSTIANO PARA PARTICIPAR DO CARNAVAL DA CASA DA RABECA, EM OLINDA. ILANA VENTURA LEMBRA UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL EM SUA OPINIÃO.
TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 43’’)
D.I.: “FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS...”
D.F.: “... NO CURRÍCULO DA ORQUESTRA.”


LOC: A ORQUESTRA TAMBÉM FOI DESTAQUE NO ANO DE 2007 NO CLUBE DE MÁSCARAS GALO DA MADRUGADA. A APRESENTAÇÃO FOI NO CARRO ABRE-ALAS. ILANA DESCREVE A EMOÇÃO DE CANTAR NO MAIOR BLOCO DE CARNAVAL DO MUNDO.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 33’’)
D.I.: “A GENTE FEZ AQUELE PERCURSO TODO...”
D.F.: “... FOI UMA EXPERIÊNCIA MUITO BOA.”


TEC: RODA MÚSICA SEBASTIANA (FAIXA 8), SOBE E VAI À BG. (T. 1’53’’ – 2’16’’)

LOC: MULHER NÃO É DIFERENTE. A IDEALIZADORA E MAESTRINA DO GRUPO, CARMEN PONTES, TEM PLANOS PARA O FUTURO DA ORQUESTRA.

TEC: RODA ENTREVISTA CARMEN PONTES. (T. 49’’)
D.I.: “É A GRAVAÇÃO DO NOSSO CD...”
D.F.: “... GRAVAR O CD E VIAJAR.”


LOC: ILANA TAMBÉM REVELA O SONHO DO GRUPO.

TEC: RODA ENTREVISTA ILANA VENTURA. (T. 41’’)
D.I.: “A GENTE GOSTARIA MUITO...”
D.F.: “... TRABALHA COM MÚSICA, É MUITO BOM.”


TEC: RODA MÚSICA RECIFE NAGÔ (FAIXA 5), SOBE E VAI À BG. (T. 59’’)


LOC: TERMINA AQUI MAIS UM PROGRAMA DA SÉRIE CANTORES PERNAMBUCANOS. NO PROGRAMA DE HOJE, VOCÊ OUVIU A ESTÓRIA DA ORQUESTRA CEM POR CENTO MULHER. OBRIGADA PELA SUA AUDIÊNCIA E ATÉ O PRÓXIMO PROGRAMA.

LOC: PRODUÇÃO E EDIÇÃO: GABRIELA GOMES, ISABELLA BRITO, JONARA MEDEIROS E NATHÁLIA BORMANN.

LOC: APRESENTAÇÃO: JONARA MEDEIROS.

LOC: TÉCNICO DE SOM: MARCOS CAVALCANTI.

LOC: SUPERVISÃO GERAL: VLAUDIMIR SALVADOR.

Modelo_Perfil 1




PERFIL DA ATRIZ VANDA PHAELANTE


SCRIPT DO PROGRAMA DE PERFIL


-TEC: RODA MÚSICA DE ABERTURA, SOBE E VAI À BG

- LOC: OLÁ, OUVINTES!NO PROGRAMA DE HOJE, VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE A VIDA E OBRA DA ATRIZ VANDA PHAELANTE.

-LOC: FILHA DE VANDA LUZ DE ARAÚJO E DE RODOLFO ARAÚJO FILHO, VANDA LUCIA LUZ DE ARAUJO, MAIS CONHECIDA POR VANDA PHAELANTE, NASCEU NO RECIFE NO DIA DOZE DE ABRIL DE MIL NOVECENTOS E QUARENTA E QUATRO.

-TEC: SOBE E VAI À BG.

-LOC: ELA VIVEU GRANDE PARTE DA INFÂNCIA COM OS PAIS NO BAIRRO DE CASA AMARELA, ZONA NORTE DO RECIFE. DESDE PEQUENA, VANDA JÁ DAVA SINAIS DE QUE SEGUIRIA A CARREIRA DE ATRIZ QUANDO CRESCESSE:

-TEC: RODA ENTREVISTA
DI: “EU SEMPRE FUI...”
DF:”EU SEMPRE GOSTEI”.


-LOC: UM CERTO DIA ENQUANTO VANDA PASSEAVA NOS CORREDORES DA TEVÊ JORNAL, O DIRETOR GRAÇA MELO A VIU PASSAR E A CHAMOU. ELE DISSE QUE ESTAVA PRECISANDO DE UMA MOÇA COM O TIPO FÍSICO DELA PARA FAZER UM PAPEL NA NOVELA A MOÇA DO SOBRADO GRANDE.

-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA______BULK____LADO __A______
DI: “AÍ ELE PERGUNTOU...”
DF: “DIZIA VOU PASSAR”


-LOC: NO MOMNTO EM QUE O DIRETOR FICOU SABENDO QUE VANDA TINHAS DEZESSETE ANOS, ELE PEDIU A ELA UMA AUTORIZAÇÃO DOS PAIS PERMITINDO QUE ELA GRAVASSE A NOVELA.


-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA_____BULK______LADO____A______
DI: “ENTÃO FUI FALAR...”
DF: “DIZIA VOU PASSAR”.


-LOC: O PAI DE VANDA ESTAVA IRREDUTÍVEL E NÃO PERMITIU QUE A JOVEM GRAVASSE A NOVELA. ENTÃO, ELA TEVE ADIAR A SUA ESTRÉIA COMO ATRIZ PARA MAIS TARDE.

-TEC: SOBE SOM E VAI À BG.


-LOC: DEPOIS DE SE MUDAR PARA UM EDIFICIO NO BAIRRO DA BOA VISTA, NO CENTRO DA CAPITAL PERNAMBUCANA, VANDA CONNHECEU LOURDINHA AGUIAR, UMA SENHORA QUE HAVIA SIDO ATRIZ NA JUVENTUDE.

-LOC NAILANNA: LOURDINHA OLHOU PARA VANDA E DISSE QUE ELA DEVERIA FAZER TEATRO, POIS TINHA MUITA EXPRESSIVIDADE. ENTÃO, LOURDINHA LIGOU PARA UM AMIGO DA TEVÊ JORNAL, ALFREDO DE OLIVEIRA:

-TEC: RODA ENTREVISTA

FITA____BULK___LADO_____B_____
DI: “ELA ME INDICOU...”
DF: “CINQÜENTA E SEIS PESSOAS”.

-TEC: SOBE SOM E VAI À BG.


-LOC: DEPOIS DE UMA CONVERSA COM ALFREDO,VANDA FOI FAZER UM TESTE COM VALDEMAR DE OLIVEIRA NO TEATRO DE SANTA ISABEL:

-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA ____BULK___LADO_____A_
DI: “QUANDO PISEI NO PALCO...”
DF: “OLHA ELE AÍ”.


-LOC: DURANTE O TESTE, VALDEMAR DE OLIVEIRA PERGUNTOU SE ELA SABIA DANÇAR:

-TEC: RODA ENTREVISTA 6

FITA____BULK_____LADO_____A_____
DI: “EU DANÇAVA SIM...”
DF: “ESPÉCIE DE DANCINHA PORTUGUESA


-LOC: VALDEMAR APROVOU A DANÇA E O PRÓXIMO PASSO DE VANDA PHAELANTE SERIA TESTAR A VOZ. ELE DEU UMA FRASE PARA ELA INTERPRETAR E VER REALMENTE SE TERIA OU NÃO JEITO PARA SER ATRIZ.

-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA___BILK_____LADO_______B__
DI: “AÍ ME CONCENTREI...”
DF: “AÍ ME CONCENTREI...”
EMENDA COM
DI: “COLOQUEI A MÃO...”
DF: “E DOUTOR VALDEMAR...”
EMENDA COM
DI: “FOI MEU MAIOR...”

DF: “BEM MAIS VELHA...”

-LOC: VAMOS PARA UM RÁPIDO INTERVALO E NO PRÓXIMO BLOCO CONTINUAREMOS CONTANDO A HISTÓRIA DA ATRIZ VANDA PHAELANTE.

-TEC: INTERVALO – RODA VINHETA


-LOC : ESTAMOS DE VOLTA E VAMOS CONTINUAR FALANDO SOBRE A VIDA E A OBRA DA ATRIZ VANDA PHAELANTE.

TEC: SOBE SOM E VAI À BG

-LOC: A ESTRÉIA DE VANDA COMO ATRIZ ACONTECEU NO TEATRO DE SANTA ISABEL NO DIA QUATRO DE ABRIL DE MIL NOVECENTOS E SESSENTA E SEIS.

-LOC: O ESPETÁCULO ERA UMA HOMENAGEM AO TEATRO DE AMADORES DE PERNAMBUCO. A PEÇA ERA TAP ANO VINTE E CINCO, QUE REUNIA TRECHOS DE A DAMA DA MADRUGADA, A NOSSA CIDADE, A CASA DE BERNADA E ALBA E A CARTA FEDERAL, SOB A DIREÇÃO DE VALDEMAR DEOLIVEIRA.

-LOC: O TEATRO DE AMADORES DE PERNAMBUCO, O TAP, SEMPRE SERÁ LEMBRADO POR VANDA:


-TEC: RODA ENTREVISTA

FITA TDK LADO B
DI: “O TEATRO DE AMADORES...”
DF: “É MINHA CASA”.
EMENDA COM
DI: “SEMPRE E ME FORMOU...”
DF: “ TENHO CURSO DE ATRIZ”.


-LOC: NO DIA DEZ DE MAIO DE MIL NOVECENTOS E SESSENTA E NOVE, VANDA SE CASA COM O ATOR RENATO PHAELANTE. JUNTOS, TIVERAM DOIS FILHOS, FRANCISCO MARIO PHAELANTE HOJE MÉDICO E RENATA LUCIA PHAELANTE, QUE HOJE EXERCE AS FUNÇÕES DE RELAÇÕES PÚBLICAS E DE ATRIZ.

-LOC: VANDA E RENATO TAMBÉM TIVERAM DOIS NETOS, VITOR E MARIANA PHAELANTE.


-LOC: EM MIL NOVECENTOS E SETENTA E OITO, VANDA ENTROU PARA O CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO. ELA SEMPRE FOI ESTUDIOSA, E UMA PROVA DISSO É QUE ELA FOI A LAUREADA DA TURMA.

-LOC: E LOGO DEPOIS QUE SE FORMOU, EM MIL NOVECENTOS E OITENTA UM, ELA FOI CONVIDADA PARA ENSINAR A DISCIPLINA DE TEATRO NO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA, ONDE PERMANECEU POR MAIS DE DOIS ANOS.


-LOC: A TAMBÉM ATRIZ E JORNALISTA STELLA MARIS, QUE ESTUDOU COM VANDA NA UNIVERSIDADE, CONTOU UM FATO BEM ENGRAÇADO VIVIDO PELAS DUAS DURANTE UM TRABALHO ACADÊMICO:


-TEC: RODA ENTREVISTA .
FITA BULK KEU LADO A
DI: “UMA VEZ A GENTE...”
DF: “NÓS SAÍMOS CORRENDO”.


-LOCA: A JORNALISTA ALINE GREGO QUE TAMBÉM FOI COLEGA DE TURMA DE VANDA PHAELANTE, FALOU COMO ERA ESTUDAR COM A ATRIZ.

-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA BULK LADO B
DI: “ELA ERA UMA PESSOA...”
“DF:” COMPANEHIRA DOS COLEGAS “.



- LOC: VANDA GANHOU O PRÊMIO DO CONSELHO DE CULTURA DO RECIFE COMO MELHOR INTÉRPRETE, COM O PAPEL DA MAMA ITALIANA DONA ROSA PRIORE. A ATRIZ MOSTROU UM TRECHO DA FALA DA PERSONAGEM:

-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA BULK KEU LADO A
DI; AI EU DIZIA
DF:DO DIA-A-DIA


- LOC: A ÚLTIMA PEÇA QUE VANDA ESCREVEU FOI O ÚLTIMO MINUTO. O TEXTO TEM UMA FORTE LIGAÇÃO COM OS MOMENTOS VIVIDOA NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO:


-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA TDK LADO A
DI: EU ESTUDAVA NA CATÓLICA
DF:FAZIA A VELHA


- LOC: NA HORA DE ENSAIAR A PEÇA, VANDA PEDIU PARA O PROFESSOR CARLOS BENEVIDES QUE ELE FOSSE O SONOPLASTA. ELE ACEITOU, MAS ERA UM POUCO ATRAPALHADO.

-TEC: RODA ENTREVISTA
DI: TINHA UMA PORTA
DF:INTERESSE DA GENTE


-LOC: VAMOS PARA UM RÁPIDO INTERVALO. VOLTAMOS JÁ, JÁ, NÃO SAIA DAÍ.

TEC: INTERVALO – RODA VINHETA

LOC: ESTAMOS DE VOLTA COM O PROGRAMA ESPECIAL SOBRE VANDA PHAELANTE.

TEC: SOBE SOM E VAI A BG

LOC: A JORNALISTA ALINE GREGO COMENTA SOBRE O TRABALHO DE VANDA COMO ATRIZ:


-TEC: RODA ENTREVISTA
FITA BULK LADO B
DI: “ELA É UMA ATRIZ...”
DF: “DE MÃO CHEIA”
EMENDACOM
DI: “ELA TEM UM TEMPO...”
DF: “SERIA NO QUE FAZ”.


LOC: A ATRIZ E JORNALISTA STELLA MARIS CONHECE O TRABANHO VANDA PHAELANTE De PERTO E É UMA DAS SUAS MAIORES ADMIRADORAS:

-TEC: RODA ENTREVISTA 16
FITA: BULK KEU LADO: A
DI: “EU JÁ TIVE...”
DF: “A OPORTUNIDADE DE”.
EMENDA COM
DI: “VÊ-LA EM CENA”
DF: “VÊ-LA EM CENA”.


LOC: VANDA JÁ ENCENOU VÁRIOS SUCESSOS COMO UMA PEDRA NO SAPATO, O PROCESSO DE JESUS, O CASO DOS DEZ NEGRINHOS, O MILAGRE DE ANNIE SULLIVAN E INÁCIA DA SILVA DE SUA AUTORIA. TODAS ESSAS PEÇAS TIVERAM DIREÇÃO DE VALDEMAR DE OLIVEIRA.

LOC: MAS ELA FICOU MAIS CONHECIDA DEPOIS DE INTERPRETAR UMA COLEGIAL NA PEÇA UM SÁBADO EM TRINTA, DE LUIZ MARINHO. E VANDA NÃO PAROU.

LOC: NO DIA DEZESSETE DE FEVEREIRO DE DOIS MIL E DOIS, ELA GANHOU O PRÊMIO DO CONSELHO DE CULTURA DO RECIFE COMO MELHOR INTÉRPRETE COM O PAPEL DA MAMA ITALIANA DONA ROSA PRIORE. A ATRIZ MOSTROU UM TRECHO DA FALA DA PERSONAGEM:

-TEC: RODA ENTREVISTA 17
FITA: BULK LADO: A

DI: AÍ EU DIZIA
DF: AÍ EU DIZIA

EMENDA COM

DI: “AH, PEPE, PER QUE...”.
DF: “DO DIA A DIA”.



-LOC : UM PAPEL QUE SEMPRE ENCANTOU VANDA FAZER FOI A MARIA DA PAIXÃO DE CRISTO DO RECIFE. ELA JÁ INTERPRETA A PERSONAGENS HÁ ANOS. A ÚNICA VEZ QUE A ATRIZ NÃO PARTICIPOU DA ENCENAÇÃO FOI NO ANO QUE TEVE QUE SE OPERAR, AS PRESSAS, OITO DIAS ANTES DO ESPETÁCULO COMEÇAR.

-LOC CLÉCIO: A PAIXÃO E DEDICAÇÃO DE VANDA PELO TRABALHO É TANTA QUE ATÉ NO DIA EM QUE ELA PERDEU A MÃE, ELA NÃO DEIXOU O ESPATÁCULO PARAR:

TEC: RODA ENTREVISTA

FITA: TDK LADO: B
DI: “NO DIA QUE...”.
DF: “QUEM ME SUBSTITUISSE”.


-LOC: EM DOIS MIL E OITO VANDA PARTICIPOU DA ENCENAÇÃO DA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE MIL OITOCENTOS E DEZESSETE NO MARCO ZERO DO RECIFE EM HOMENAGEM À PRIMEIRA DATA MAGNA DE PERNAMBUCO. ELA INTERPRETOU QUITÉRIA:

TEC: RODA ENTREVISTA
FITA: TDK LADO: B
DI: “EU FIZ UMA MULHER...”.
DF: “VI A REAÇÃO DO PÚBLICO”.




-LOC: ALÉM DE ATRIZ, DIRETORA E JORNALISTA, VANDA PHAELANTE TAMBÉM É ESCRETORA E PUBLICOU DOIS LIVRO:

FITA: ____BULK____ LADO: _____B___
DI: “EU ESCREVI DO LADO”
DF: “É UMA VIAGEM”.



-LOC: VANDA PHAELANTE É, COM CERTEZA, UMA DAS GRANDES PERSONALIDADE DA CENA CULTURAL PERNAMBUCANA. O NOSSO PROGRAMA ESPECIAL SOBRE A ATRIZ ESTÁ ACABANDO. OBRIGADO PELA SUA COMPANHIA E ATÉ A PROXIMA EDIÇÃO.

LOC: APRESENTAÇÃO: CLÉCIO SOBRAL E NAILANNA TENÓRIO.

LOC: REPORTAGENS: CLÉCIO SOBRAL, DEIJENANE GOMES, NAILANNA TENÓRIO E THIAGO GOUVEIA.

LOC: EDIÇÃO E PRODUÇÃO: CLÉCIO SOBRAL E LUIZ MANGHI.

LOC : TÉCNICOS DE SOM: MARCOS CAVALCANTI MASSCOS ANDRÉ

LOC : SUPERVISÃO: VLAUDIMIR SALVADOR

Aula 20 de março

Aula 19 de março

Aula 17 de março

Aula 16 de março

Entrevistas_Técnica

Técnicas de Entrevista

1. DEFINIÇÕES

Luiz Beltrão ("A Imprensa Informativa". São Paulo: Folco Masucci) define a entrevista como "a técnica de obter matérias de interesse jornalístico por meio de perguntas e respostas".
A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido em que as declarações são citadas entre aspas ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue".
Segundo Luiz Amaral ("Técnicas de Jornal e Periódico". Rio: Tempo Brasileiro, 1987) podem-se distinguir dois tipos de entrevista: a de informação ou opinião (quando entrevistamos uma autoridade, um líder ou um especialista) e a de perfil (quando entrevistamos uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações. Em ambos os casos há interesse do leitor e o jornalista será sempre um intermediário representando o seu leitor ( ou receptor ) diante do entrevistado. Na primeira situação, quando se trata de divulgar informações e opiniões, mesmo para produzir uma simples nota, é conveniente e necessário o jornalista repercutir o material com outras fontes envolvidas com o fato, checando a informação.
Fábio Altman ("A Arte da Entrevista:uma antologia de 1823 aos nossos dias". São Paulo: Scritta,1995) diz que "a entrevista é a essência do jornalismo". Segundo Altman, "a entrevista transforma o cidadão comum em líder, dono da palavra, professor, uma pessoa incomum".
Em "Técnicas de Codificação em Jornalismo-Redação, Captação e Edição do Jornal Diário". São Paulo: Ática, 1991, Mário Erbolato conta que as origens da entrevista remontam a 1836, quando James Gordon Bennet fez perguntas a Rosina Townsend, proprietária de um prostíbulo de Nova York no qual ocorrera um assassinato classificado, então, como "sensacional".
Segundo Juarez Bahia ("Jornal, História e Técnica - História da Imprensa Brasileira". São Paulo: Ática, 1990 ) um dos requisitos mais importantes, na entrevista, é a autenticidade, isto é, que as declarações atribuídas ao entrevistado possam ser facilmente provadas.
Carlos Tramontina ("Entrevista". Rio: Globo, 1996 ) lembra que todo entrevistador faz a mesma coisa: perguntas. Mas cada um desenvolve um estilo próprio, prepara-se de maneira diferente e usa de variadas estratégias para conseguir boas respostas. Afinal, não há boa entrevista sem bom entrevistador.
Voltando a Fábio Altman: "Perguntas frouxas e equivocadas pressupõem respostas do mesmo teor. A inteligência das questões e a descoberta do mote correto podem transformar conversas aparentemente inócuas em grandes depoimentos". Pode-se dar como exemplo a série de encontros informais entre o ex-presidente Figueiredo e o repórter Orlando Brito em caminhadas pela praia de Copacabana ou a fita de vídeo que ele concordou em gravar num fim de festa, em 1997, onde fez revelações sobre as entranhas do poder militar. Em agosto de 1994, com o microfone aberto e a imagem fora do ar, Carlos Monforte, da TV Globo, transmitiu para o país confidências escabrosas do então ministro Rubens Ricupero. (Todos se lembram: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”).
Para o professor José Salomão David Amorin, da UnB, "no Brasil as orientações para uma boa entrevista, em certos cursos de jornalismo, têm sido reduzidas a conselhos gagás do tipo quando for entrevistar um sujeito, telefone para saber se ele está em casa; quando ele atender ao telefone diga-lhe bom dia; não compareça a uma entrevista sem gravata..."
Edgar Morin ("A Entrevista nas Ciências Sociais, no Rádio e na Televisão". Cadernos de Jornalismo e Comunicação, 11. Rio de Janeiro,1968) define a entrevista como "uma comunicação pessoal, realizada com objetivo de informação".
O professor Mário Erbolato lembra que "a entrevista é um gênero jornalístico que requer técnica e capacidade profissional. Se não for bem conduzida, redundará em fracasso".
Segundo Alexandre Garcia, citado no livro de Tramontina, quem mais perde com o fracasso de uma entrevista é o entrevistador porque no dia seguinte ele vai fazer a mesma coisa, enquanto o entrevistado sai de cena.
"Entrevistar não é somente fazer uma pergunta, esperar uma resposta e juntar à resposta outra pergunta. É um exercício profissional trabalhoso e ingrato. Quase sempre quanto maior é o interesse do jornal em conseguir a entrevista, menor o do entrevistado em concedê-la, e vice-versa. Na medida que cresce o interesse do jornal, crescem também os problemas do entrevistador", garante Luiz Amaral ("Jornalismo - Matéria de Primeira Página". Rio: Tempo Brasileiro, 1997), citando, em seguida, Joseph Folliet ( "Tu seras journaliste". Lyon: Chronique Sociale de France, 1961): Esse gênero exige muita intuição, delicadeza, perfeito conhecimento do assunto, do entrevistado, de sua vida e de sua obra, uma grande probidade - um exterior, enfim, que inspire confiança e incite à confidência.
Na opinião do professor de jornalismo da Federal de Santa Catarina, Nilson Lage
("A Reportagem - teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística". São Paulo: Record, 2001) a palavra entrevista é ambígua. Ela tanto significa o diálogo com a fonte, como a matéria publicada.

2. ESTRATÉGIAS

Grandes entrevistadores adquirem técnicas que transformam o jogo de perguntas e respostas numa espécie de xadrez, conseguindo arrancar declarações que o entrevistado não pretendia fazer.
Mas não basta ter experiência. É preciso trabalhar duro antes da entrevista, pesquisando tudo sobre os temas a serem tratados e sobre o entrevistado.
Depois de bem preparado (de preferência um ou mais dias antes) o entrevistador deve fazer um roteiro com começo, meio e fim. O objetivo não é bitolar e restringir o desempenho do entrevistador, mas ser uma base referencial para evitar "brancos" e atropelos.
É importante que o entrevistador seja o condutor da entrevista. Mas só estará no comando se estiver bem informado e bem preparado. "É estimulante para o entrevistado, nos momentos em que a fala se interrompe, perceber que o entrevistador está compreendendo o enunciado...se o entrevistado declarou que a economia vai bem, uma observação óbvia, tal como 'o senhor é então otimista quanto aos acontecimentos do futuro próximo' vale não por seu conteúdo, mas pela demonstração de interesse e entendimento. Dependendo, no entanto, das circunstâncias, pode ser conveniente apresentar um dado de contestação, no momento adequado, para obter maior espontaneidade, expansão ou aprofundamento", ensina o professor Lage.
O ideal é que a entrevista flua espontaneamente, cada resposta permitindo o "encaixe" da pergunta seguinte.
Afirma Carlos Tramontina que "a estratégia mais produtiva é aquela baseada na informação: jamais um entrevistado experiente conseguirá fugir das perguntas ou esconder os fatos se diante dele estiver sentado um entrevistador cheio de informações".
Exemplo:
Em fevereiro de 1969, ao entrevistar o temível General Vo Nguyen Giap, em Hanói, sobre a guerra que ele comandava, no Vietnã do Norte, contra os americanos e os sul-vietnamitas, entre o final dos anos 60 e início dos anos 70, a jornalista italiana Oriana Falacci, trabalhando para o jornal "L'Europeo", levou o líder vietnamita a revelar, com franqueza inédita, tudo o que pensava sobre seus inimigos americanos, conforme conta Fábio Altman ( obra citada ).
Bem preparada para a entrevista, Oriana teve o cuidado de levar para o tenso ambiente do seu interlocutor duas companheiras que faziam as anotações enquanto ela enfrentava o olhar fixo do General. Nesses casos é impossível ao repórter anotar e dialogar ao mesmo tempo.
Foi nesse clima que a jornalista italiana ousou contradizer o entrevistado classificando de derrota do Vietnã do Norte a ofensiva do Tet. Segundo ela contou depois, o General se levantou nervoso, caminhou ao redor da mesa e, com braços estendidos, exclamou: "Diga isto à Frente de Libertação".
Oriana respondeu: "Primeiro estou perguntando ao senhor, General".
É prática usual entre entrevistadores mais experientes usar a estratégia de começar a entrevista com atitudes ou comentários bem humorados para deixar o interlocutor à vontade, referindo-se a um jogo importante ou a algo curioso e de conhecimento comum.
Em 27 de junho de 1989, ao entrevistar o Deputado Ulisses Guimarães, Jô Soares pediu ao garçom que lhe servisse uma dose de "poire" ( licor de pêra ), bebida preferida do Sr. Diretas e de seus colaboradores mais próximos.
No dia seguinte, ao entrevistar outro candidato à Presidência da República, Jô chamou a atenção para o sapato Vulcabrás 752 que Paulo Maluf usava e do qual era garoto-propaganda.
Carlos Tramontina diz que "constrangimentos entre quem pergunta e quem responde fazem parte da atividade da imprensa. Geralmente os homens públicos, que têm mais experiência no contato com a mídia, não se surpreendem". Esse tipo de entrevista é definida como "confronto" por Nilson Lage: "É a entrevista em que o repórter assume o papel de inquisidor, despejando sobre o entrevistado acusações e contra-argumentando, eventualmente com veemência, com base em algum dossiê ou conjunto acusatório. O repórter atua, então, como promotor em um julgamento informal. A tática é comum em jornalismo panfletário, quando se pretende 'ouvir o outro lado' sem lhe dar, na verdade, condições razoáveis de expor seus pontos de vista". O autor reconhece que muitas vezes esse tipo de entrevista pode transformar-se num espetáculo de constrangimento, principalmente quando transmitida ao vivo, no rádio ou na televisão.
Para Alexandre Garcia, "a pergunta embaraçosa pode ter duas conseqüências: desmontar o entrevistado a ponto dele contar tudo o que sabe, ou irritá-lo a ponto de passar a responder tudo com monossílabos", matando a entrevista.
Alexandre recomenda que o repórter estude o perfil psicológico do entrevistado para saber se deve conduzir a entrevista "batendo ou assoprando".
Ele também ensina a preparar emboscadas para o entrevistado: Você faz uma pergunta sabendo de antemão qual será a resposta, porque ela é óbvia, previsível, ou porque já foi dada antes. Logo em seguida faz a pergunta-chave da entrevista.
É uma estratégia que se aplica melhor às entrevistas longas.
Às vezes é o caso de entrar direto no assunto, como fizeram os repórteres de Veja ao entrevistar Pedro Collor a quem a mãe, Leda, vivia pedindo que fosse ao médico examinar a cabeça. Naquela entrevista, segundo os repórteres, a primeira pergunta foi: "O Senhor se considera louco? " É um modo de balizar o terreno para que o leitor saiba com quem está falando. Se Pedro Collor admitisse problemas mentais suas declarações não teriam a mesma força. Morreu tempos depois com um tumor na cabeça...
Em determinados casos, o experiente Alexandre Garcia usa outra estratégia que exige muito domínio da situação:
- Eu me finjo de bobo, que não sei das coisas, para que o entrevistado sinta-se mais forte, superior a mim e seguro de si. Nessa situação ele fica mais à vontade, revela mais coisas e abre a guarda. É aí que eu entro.
Alexandre diz que age assim porque, na sua opinião, o entrevistado tem medo do jornalista, pois uma entrevista publicada pode gerar muitas conseqüências.
A história está cheia de exemplos sobre a força que uma entrevista tem em certas circunstâncias. A entrevista de Getúlio Vargas a Samuel Wainer na estância gaúcha do ex-presidente, publicada por "O Jornal", do Rio de Janeiro, em 03/03/1949, abriu caminho para a volta do ditador ao poder.
A já citada entrevista de Pedro Collor provocou o impeachment de Fernando Collor e o desbaratamento do Esquema PC.
As entrevistas em off conseguidas por Carl Bernstein e Bob Woodward, no caso Watergate, levaram à renúncia o homem mais poderoso do mundo, o Presidente dos Estados Unidos da América ( Richard Nixon ).
Costuma-se datar o início da revolução sexual feminina, no Brasil, a partir da entrevista que Leila Diniz deu ao "Pasquim" em 21-26.11.1969, ao chegar dos EUA.

3. CUIDADOS

Alguns cuidados ajudam o entrevistador a evitar problemas na hora de transformar a entrevista em notícia.
Uma precaução é sustentar o diálogo com o entrevistado tratando-o do modo mais coloquial, seja pelo primeiro nome ou pelo cargo, conforme as circunstâncias: Soaria ridículo tratar um cantor popular ou um ator de "Senhor": , Sr. Chico Buarque, Sr. Caetano Veloso, Sr. Roberto Carlos, Sra. Carla Peres...Nos diálogos com um deputado, um ministro, um senador, usa-se o nome do cargo. Em coletivas ou locais solenes, chama-se o Presidente da República de "Sr. Presidente".
É preciso desenvolver, também, uma técnica pessoal para observar se o entrevistado está mentindo. A este respeito, conta Luiz Amaral que depois de entrevistar milhares de homens e mulheres sobre casos sexológicos, o dr. Alfred Kinsey respondeu, certa vez, ao lhe indagarem se ele sabia até que ponto eram verdadeiras, ou não, as confissões que lhe eram feitas: 'É muito simples. Eu as encaro de frente. Inclino-me para diante. Faço as perguntas rapidamente, uma depois da outra. Não as perco de vista. Naturalmente, se vacilam posso saber que estão mentindo".
Em casos de entrevistas ao vivo pode acontecer o acidente do "dar um branco", mesmo quando se entrevistam pessoas que o país inteiro conhece. Nunca é demais ter o nome do entrevistado bem à mostra, além do seu cargo exato.
Conta-se que até o experiente Boris Casoy já sofreu com isto porque o editor se esqueceu (ou achou que nem precisava ) de colocar no script do apresentador o nome do entrevistado daquela noite, no SBT. E na hora de apresentar o entrevistado, entre uma matéria e outra, Boris começou: "Estamos aqui com um grande nome da Música Popular Brasileira, um homem extremamente conhecido de vocês, que agora está atuando na política...vereador em Salvador...um compositor maravilhoso...um compositor de mão-cheia...."
A apresentação não acabava mais porque Boris não conseguia lembrar-se do nome de Gilberto Gil sentado à sua frente, saindo-se com esta: "Ele dispensa apresentações".
"Mais do que em qualquer outro veículo, a entrevista televisiva devassa a intimidade do entrevistado, a partir de dados como sua roupa, seus gestos, seu olhar, a expressão facial e o ambiente. A produção, nos talk shows televisivos, é geralmente mais cuidada e o entrevistador, violando um dos preceitos básicos da entrevista jornalística, pode tornar-se a estrela do programa, com todo prejuízo que isso traz para a informação - não necessariamente para o espetáculo", observa Nilson Lage. Para o rádio, ele recomenda um tom mais coloquial
É importante, ainda, entender porque as pessoas geralmente gostam de dar entrevistas. Não é apenas porque precisam se comunicar, mas por vaidade, na avaliação de Boris Casoy. Por isto ele acha que um elogio inicial "lubrifica" e a pessoa acaba liberando as portas de sua intimidade, permitindo que o entrevistador chegue à caixa-preta.
Para Joelmir Beting (também citado no livro de Tramontina) as pessoas dão entrevistas porque têm informações, idéias ou propostas importantes. Outros, por interesses pessoais ou financeiros. Querem mostrar a empresa, a associação, o sindicato ou o órgão de governo ao qual pertencem.
Mas Joelmir também não se esquece da vaidade: "O pior é que muitos não estão preparados e acabam falando o que não devem, vendo publicado o que não gostariam".
Exemplo foi a entrevista do ex-ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Walter Werner Brauer, que enviou carta à Revista Veja de 10.01.2.000 desmentindo referências elogiosas a Hitler contidas na entrevista concedida à repórter Sandra Brasil na edição anterior.
Joelmir conta, com orgulho, que não é amigo de nenhum ministro ou qualquer outra autoridade do governo. Faz questão de não dever favores porque quer se manter livre e independente em seu trabalho.

4. GRAVAR OU ANOTAR

Cada repórter desenvolve um método pessoal de documentar a entrevista. Alguns preferem confiar na memória, o que é perigoso quando a declaração envolve números ou nomes de difícil entendimento. Outros preferem anotar, porém em alguns casos é difícil sustentar um diálogo e anotar ao mesmo tempo, como já foi visto na técnica usada por Oriana Fallaci ao entrevistar o General Giap. O mais garantido é gravar. Mas até isto pode dar problemas porque o gravador pode falhar e surpreender o repórter na fatídica hora do fechamento do jornal. O recomendável é, além de gravar, reconstituir a entrevista com base em palavras-chaves que o repórter anota, indicando os temas principais na sequência em que ocorreram. Isso geralmente basta para, passado um período curto de tempo, reproduzir com bastante fidelidade, discursos não muito extensos ou complicados (Lage 2001). Também há entrevistados que se intimidam com o gravador ligado, temendo falar alguma bobagem e não poder voltar atrás ou com receio de que a gravação se torne um documento de uso futuro.
Cada caso é um caso.
Boris Casoy, por exemplo, no depoimento a Tramontina (obra citada ) conta que, quando trabalhava em jornal impresso, preferia gravar a entrevista com dois gravadores por via das dúvidas.
Também há diferentes modos de veicular a entrevista. Ela pode servir apenas como banco de dados para reforçar uma reportagem; as citações podem ser colocadas entre aspas ao longo do texto corrido ou também se pode usar o já referido formato de perguntas e respostas, tal como foi gravada a entrevista.
Nos casos de denúncias, este último é o melhor sistema porque não deixa margem a dúvidas sobre a interpretação do repórter. Foi o que aconteceu com o "grampo do BNDES" em 1999. A "Folha de S. Paulo" soltou o conteúdo das fitas aos poucos, reproduzindo na íntegra os diálogos que comprometeram ministros e autoridades do Governo FHC com favorecimentos na privatização da telefonia no país.
Boris Casoy ensina que o entrevistador não deve ter vergonha de perguntar tudo o que precisa saber, senão fará um texto falho, incompleto. "O bom profissional é aquele que consegue transmitir para o leitor, num texto sintético e conciso, todos os conceitos, com precisão",diz.

5. DIREITOS DO ENTREVISTADO

Além das técnicas de entrevista, o jornalista também deve levar em conta os direitos do entrevistado. Segundo Caio Túlio Costa (“O Relógio de Pascal – A Experiência do Primeiro Ombudsman da Imprensa Brasileira”.São Paulo: Siciliano, 1991), nos EUA as vítimas de entrevistas deturpadas ou fraudadas podem recorrer ao Centro Nacional das Vitimas, com sede em Forth Worth, no Texas, que defende os seguintes direitos dos entrevistados:
. Você tem o direito de dizer não a um pedido de entrevista.
. Você tem o direito de escolher um porta-voz ou um advogado da sua preferência.
. Você tem o direito de escolher a hora e o local para entrevistas aos meios de comunicação.
. Você tem o direito de requisitar um repórter de sua escolha.
. Você tem o direito de recusar entrevista a um repórter específico, mesmo que você tenha prometido entrevistas a outros repórteres.
. Você tem o direito de dizer não a uma entrevista mesmo que você tenha dito anteriormente que daria entrevistas.
. Você tem o direito de excluir crianças de entrevistas
. Você tem o direito de não responder questões que julgue inconfortáveis ou inapropriadas.
. Você tem o direito de saber com antecedência quais direções a história vai tomar.
. Você tem o direito de pedir para rever suas declarações antes da publicação.
. Você tem o direito de recusar coletivas de imprensa e falar com cada repórter por vez.
. Você tem o direito de pedir retratação quando informações imprecisas forem reportadas.
. Você tem o direito de pedir que fotografias ofensivas sejam omitidas na publicação ou que imagens idem não sejam levadas ao ar.
. Você tem o direito de dar entrevistas na televisão mostrando apenas a silhueta ou solicitar que sua foto não seja publicada.
. Você tem o direito de recusar-se a responder perguntas de repórteres durante julgamento.
. Você tem o direito de processar um jornalista.
. Você tem o direito de sofrer na privacidade.
. Você tem o direito a todo momento de ser tratado com dignidade e respeito pelos meios de comunicação”.
Caio Túlio comenta que “tudo isto tem muito a ver com o que os americanos chamam de fair play, o jogo limpo, a transparência do jornalista para com seu entrevistado e seus leitores”.

6. ORGANIZAÇÃO

Além de fazer a entrevista e de publicá-la, muitas vezes é necessário planejar e organizar o encontro entre a fonte e a imprensa. É o caso do jornalista que exerce funções de Assessor de Imprensa nas empresas, nos órgãos públicos etc.
As entrevistas podem ser organizadas de vários modos. Elas podem se dar nos gabinetes ou nas redações; podem ser ao vivo ou por telefone, fax, Internet etc. Podem ser pessoais ou de grupo (coletivas ); exclusivas ou não; convocadas ou espontâneas; anônimas ( como nas pesquisas ) ou não; em off ( como no caso Watergate ) ou em on; simples ( com poucos repórteres ) ou americanas ( com maior organização dos entrevistadores); de rotina ( ouvindo testemunhas de um acidente de trânsito por exemplo ) ou caracterizadas ( quando alguém informa ou opina sobre assuntos políticos, econômicos, esportivos etc ); biográficas ( com perfis de personalidades ou de pessoas que se destacam no meio do povo, na cultura, nas artes etc); informativas; opinativas etc.
Na entrevista coletiva simples, com poucos repórteres à mesa, o entrevistado, em geral, faz um breve resumo dos fatos. As perguntas são aleatórias, de modo espontâneo. O esquema abaixo dá uma idéia (segundo KOPPLIN, Elisa e FERRARETO, Luiz Artur. "Assessoria de Imprensa Teoria e Prática". Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto, 1993) da organização desse tipo de entrevista:

RÁDIO JORNAIS CINEGRAFISTAS
ENTREVISTADO e
TELEVISÃO REVISTAS FOTÓGRAFOS

Conforme os mesmos autores, a Coletiva Americana é mais elaborada. O entrevistado ou o porta-voz fica mais distante dos repórteres, em um auditório. O número de perguntas e a duração máxima de cada uma é distribuída em função do número de veículos credenciados previamente e conforme o tempo de que dispõe o entrevistado para o encontro com a imprensa. Ao formular a pergunta, o profissional deve se identificar, bem como ao veículo que representa, fazendo perguntas claras e objetivas, estando preparado para repetir se for solicitado. Neste caso a ilustração ficaria assim:

ACOMODAÇÕES ACOMODAÇÕES
Microfone
DO ENTREVISTADO DOS JORNALISTAS

Geralmente a Assessoria de Imprensa procura facilitar o trabalho dos jornalistas fornecendo material de apoio e infra-estrutura ( release, press-kit etc)
Às vezes exige-se que as perguntas sejam apresentadas à mesa por escrito, podendo haver mais de um entrevistado. Assim todos podem participar e há a possibilidade de se apresentar mais esclarecimentos ao jornalista após a coletiva, além de ser possível responder questões que não foram respondidas no momento por falta de tempo.
Tato Taborda ("A Entrevista Coletiva". Cadernos de Jornalismo e Comunicação, 30. Rio de Janeiro, maio/junho: 1971) afirma que "toda entrevista coletiva tende a se transformar num jogo de inteligência. De um lado, o entrevistado disposto a declarar apenas o que lhe interessa, do outro o entrevistador que, na pressa de ser ouvido, corta o impacto da indagação do colega". Por isto, quanto maior a organização da entrevista, melhor para todos. Porém esse tipo de entrevista organizada torna-se quase impossível em situações de emergência, quando o entrevistado precisa responder questões urgentes sobre emergências nacionais ou internacionais, catástrofes, epidemias, tragédias etc.Em tais situações o jornalista deve estar preparado para enfrentar um clima tenso e conseguir informações em situações quase caóticas, em meio ao tumulto das circunstâncias. A coletiva inicial do Presidente Johnson foi dada em pleno vôo do "Air Force One" enquanto o corpo de Kennedy ainda estava no hospital, em Dallas.
Nas entrevistas com pessoas especializadas, o repórter deve redobrar os cuidados de anotação para não cometer gafes imperdoáveis ao redigir a matéria. É sempre conveniente deixar o próprio telefone ou o e-mail com o entrevistado (nas entrevistas individuais, ou com o assessor, nas coletivas ) e anotar o dele para qualquer troca de informações durante o fechamento do jornal.
Costuma-se comparar uma redação de jornal - na hora do fechamento da edição - ao convés de um navio de guerra em plena ação. Umberto Eco usa a imagem de uma “caixa preta” para descrever o “caos organizado” de uma redação de jornal. Nessas circunstâncias é desesperador para o repórter não ter em mãos uma bem organizada lista de telefones para contatos urgentes com as fontes. Muitas vezes perde-se a chance de ver a própria matéria na manchete do dia seguinte por falta de meios para confirmar uma informação imprescindível. Jornalista iniciante que perde oportunidades por desorganização está abrindo mão de uma carreira ascendente.
Em determinadas situações parte da entrevista exclusiva é dada em off. O repórter deve ter a habilidade de respeitar o pedido de off para preservar sua fonte. Sem boas fontes um repórter não é ninguém. Nestes casos as informações em off devem ser atribuídas a "uma fonte bem informada da empresa"..."técnicos da área"....."especialistas no assunto"...etc.
Nas entrevistas de rotina nem sempre é possível citar o nome e a qualificação de todos que falaram (como ocorre nas pesquisas sobre preços de combustíveis ou preços de supermercados etc). A informação deve, então, ser atribuída a fontes generalizadas: "Alguns proprietários de postos de gasolina afirmam que o consumo de gasolina caiu cerca de 40% na cidade depois do último aumento autorizado pelo governo". Ou: "Segundo testemunhas, o motorista do ônibus argentino foi o culpado pelo acidente que matou 38 turistas, ontem, numa curva da BR 101, em Santa Catarina, perto de Joinville".
Chama-se "caracterizada" a entrevista em que a fonte aparece claramente identificada: "Quero esclarecer que não convidei mais ninguém para o cargo", garantiu ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso, desmentindo declarações de que teria sondado outros nomes, além do Procurador-Geral da República, Geraldo Quintão, para o cargo de Ministro da Defesa, em substituição a Élcio Álvares.
Nas entrevistas de rua, tipo "povo-fala", "pesquisa" etc é conveniente qualificar o entrevistado citando, além do nome, idade, profissão e região onde mora. De acordo com o assunto da entrevista, esses dados são fundamentais. É relevante, numa entrevista sobre sexo antes do casamento, por exemplo, ou sobre topless em Copacabana, se o entrevistado tem 17 ou 77 anos. Do mesmo modo é determinante se o elogio dirigido à política do governo veio do deputado do PT ou do PFL.
Às vezes é necessário dar mais detalhes sobre o entrevistado. Se a entrevista de rua é sobre recursos que os taxistas usam para poupar combustível e se isto, de algum modo, beneficia o usuário, é bom citar também a placa do carro que o entrevistado dirige e seu ponto de parada, pois o bom jornalismo deve ter sempre o sentido de serviço ao leitor.

7. COMO FAZER

O manual da Folha de São Paulo diz que o segredo de uma boa entrevista está na elaboração de um bom roteiro:
- Levante sempre o máximo de informações sobre o entrevistado e o tema que ele vai tratar.Em seguida, reflita sobre o objetivo a que pretende chegar. O melhor caminho é redigir perguntas tão específicas quanto possível. Perguntas muito genéricas resultam em entrevistas tediosas.
Os repórteres da Folha também recebem estas orientações:
-Ao transcrever a entrevista, o repórter deve corrigir os erros de português ou problemas da linguagem coloquial quando for imprescindível para a perfeita compreensão do que foi dito. Mas não se pode trocar as palavras ou mudar o estilo da linguagem do entrevistado. Se relevantes, eventuais erros ou atos falhos do entrevistado podem ser destacados com a expressão latina "sic" entre parêntesis na frente da palavra ou frase. É recomendável preservar a ordem original das perguntas.
E ainda:
a) Marque a entrevista com antecedência;
b) Informe o entrevistado sobre o tema e a duração do encontro;
c) Grave a entrevista para poder reproduzir com absoluta fidelidade eventuais declarações curiosas, reveladoras ou bombásticas;
d) Vista-se de modo adequado a não destoar do ambiente em que será feita a entrevista, para não inibir ou agredir o entrevistado;
e) Faça perguntas breves, diretas, que não contenham resposta implícita;
f) Identifique contradições, mencione pontos de vistas opostos e levante objeções sem agredir o entrevistado;
g) Não deixe de abordar temas considerados "sensíveis" pelo entrevistado. Faça perguntas diretas e ousadas. Insista quantas vezes achar necessário se o entrevistado se recusar a responder a alguma pergunta;
h) Registre essa recusa se for significativa;
I) O entrevistado tem o direito de retificar ou acrescentar declarações. Se for relevante, o repórter pode registrar as duas versões (original e posterior).

8. OUTRAS RECOMENDAÇÕES

a) Evitar perguntas fechadas, isto é, que só admitem monossílabos como resposta. ( "O Sr. é a favor ou contra a candidatura de Lula à Presidência?". Uma pergunta aberta seria: "Porque o Sr. apóia Lula para Presidente?");
b) O repórter deve responder brevemente se o entrevistado pedir a opinião dele;
c) Quando o entrevistado foge do assunto, o repórter deve usar a pergunta seguinte para trazê-lo de volta ao tema;
d) Procurar ser bem-humorado no diálogo, porém sem exageros que destoem;
e) Agir com segurança e naturalidade, mostrando que sabe o que quer;
f) Ao ouvir uma resposta-bomba, o repórter não deve revelar entusiasmo porque essa reação pode levar o entrevistado a pedir o cancelamento da declaração, receoso das conseqüências;
g) Não se deve usar exclamações para comentar as respostas ("puxa! "..."quem diria!"..."não me diga!".)
h) as perguntas podem ser de esclarecimento ("quantos operários foram demitidos?"), de análise ("que motivos a empresa deu para as demissões?"), de ação ("o que o sindicato pretende fazer agora?");
I) Perguntas muito longas podem complicar a vida do repórter se o entrevistador pedir que ele repita;
J) Não se deve misturar várias perguntas ao mesmo tempo ("qual seu nome, idade, trabalho atual e a situação do seu bairro?");
l) Perguntas muito amplas confundem o entrevistado ("como o Sr. vê a situação da humanidade de Adão até nossos dias?");
m) O repórter deve acompanhar com total atenção as respostas do entrevistado;
n) O entrevistado deve ser alertado para o fim da entrevista ("agora uma última pergunta"..."para terminar"...."o Sr. gostaria de acrescentar mais alguma coisa?")
Mário Erbolato relaciona, entre outros já vistos, os seguintes procedimentos na preparação do repórter para a entrevista:
a) Chegue ao local da entrevista na hora combinada, se possível com alguma antecedência;
b) Ajude o entrevistado, se necessário, a expor as suas opiniões. Conduza a entrevista;
c) Não corte as respostas. Espere que cada uma delas termine para formular a próxima pergunta;
d) Faça as perguntas no mesmo nível de quem responde: Às vezes trata-se de pessoa humilde que tem informações sobre determinado fato, mas se ficar amedrontada negará esclarecimentos preciosos para o jornal;
e) Prepare o terreno para cada pergunta. As coisas mais indiscretas podem ser indagadas se o jornalista tiver o cuidado de ir-se conduzindo com habilidade.

9 - QUEM É A ESTRELA?

O comportamento de alguns repórteres de vídeo deixa dúvidas sobre quem deve ser a "estrela" da entrevista. Todos sabem que a "estrela" deve ser sempre o entrevistado, "por mais conhecido e vaidoso que seja o repórter", observa Nilson Lage. Segundo ele, espera-se que o repórter seja discreto, como coadjuvante e, ao mesmo tempo, diretor de cena: "Entrevistados podem ser malcriados ou tentar intimidar o repórter; este não deve irritar-se nem deixar-se intimidar".
A exemplo de outros autores, também Nilson Lage lembra que, durante a entrevista, uma das chaves é saber perguntar em cima da resposta. Outra é manter o comando da conversa impedindo que o entrevistado se desvie do tema. Em algumas situações, quando isto acontece, a melhor estratégia, conforme Lage, é apresentar nova pergunta, mudando o assunto, para retomar posteriormente ao ponto problemático. "Não se deve questionar mais do que o necessário nem insistir em linhas de questionamento que se constatam improdutivas", ensina.
Há muitos casos em que a entrevista precisa ser feita por telefone. Lage observa: "O telefone é um meio muito útil para a apuração de informações, mas suprime algumas condições facilitadoras da entrevista, tais como o ambiente controlado e a presença do outro”.
Outro modo, hoje muito usual, de se entrevistar à distäncia, é via e-mail. Aliás, com a Internet não apenas os jornalistas encontram inúmeras facilidades em seu trabalho, mas os próprios estudantes de jornalismo podem partir para contatos diretos no mercado, colocando em prática as teorias aqui aprendidas sobre a arte de entrevistar, por exemplo. No caso de conversas on-line, tipo ICQ, o resultado depende, em parte, da destreza do entrevistado na digitação. Muitas pessoas perdem a espontaneidade quando escrevem. E se digitam lentamente, as respostas "tenderão a ser formais, como as que se obtém em um questionário escrito"( Lage 2001).

Fonte: Prof. MS Pedro Celso Campos