sexta-feira, 26 de junho de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Verbos Declaratórios
ENTREVISTA JORNALÍSTICA: VERBOS E LOCUÇÕES VERBAIS
Emprego dos discursos direto e indireto no texto da entrevista
Emprego de verbos declarativos ou dicendi em matérias do jornalismo brasileiro contemporâneo, elaboradas com base em entrevistas. Pesquisamos em jornais e revistas de diferentes naturezas e periodicidades, durante as décadas de 80 (segunda metade) e de 90. O resultado acha-se no glossário de mais de 300 verbos, abaixo.
1 Classificação:
Othon M. Garcia (1986, p.129ss) adota uma classificação dupla para os verbos usados nos diálogos, encontrados na literatura de ficção (romances, contos), dos quais a entrevista jornalística faz amplo emprego. O narrador pode optar pelo discurso direto – transcrição da fala do interlocutor – ou pelo discurso indireto – isto é, a transmissão da essência do pensamento do entrevistado.
1.1– Classe: Verbos declarandi ou dicendi (de declaração)
1.1.1– Definição: São os verbos de elocução. A elocução refere-se à maneira pela qual alguém se expressa, quais palavras usa para fazê-lo.
1.1.2– Áreas semânticas: (GARCIA, 1986, p.131)
DIZER – afirmar, declarar;
PERGUNTAR – indagar, interrogar;
RESPONDER – retrucar, replicar;
CONTESTAR – negar, objetar;
CONCORDAR – assentir, anuir;
EXCLAMAR – gritar, bradar;
PEDIR – solicitar, rogar;
EXORTAR – animar, aconselhar;
ORDENAR – mandar, determinar.
1.2– Classe : Verbos sentiendi ou de sentir (assim chamados, por analogia aos dicendi).
1.2.1– Definição: Esses verbos são vicários ou variações dos verbos de elocução, pois fazem as vezes destes. Ou seja: do ponto de vista lógico-sintático presumem a existência de um legítimo dicendi oculto. Mas, como variação dos dicendi, expressam a carga de afetividade presente na língua falada.
1.2.2– Áreas semânticas: Expressam estado de espírito, reação psicológica, emoções, atitudes, gestos, etc. Ex. (Othon Garcia, op. cit.): GEMER, SUSPIRAR, LAMENTAR(SE), QUEIXAR-SE, EXPLODIR, ENCAVACAR, etc.
1.3– Funções:
1.3.1– Indicar o interlocutor que está com a palavra.
1.3.2– Permitir a adjunção de orações adverbiais (quase sempre reduzidas de gerúndio) ou expressões de valor adverbial, com que o narrador sublinha a fala das personagens, anotando-lhes a reação física ou psíquica. Em síntese, a função dos verbos dicendi é retratar o comportamento – em determinada circunstância - ou mesmo o caráter das personagens.
Ex.: “Eu tenho aqui uma lista de nomeações do PL para encaminhar”, disse Costa Neto entregando... Hargreaves não titubeou. Sem olhar a lista, foi logo prometendo: “Pode deixar comigo. Vou examinar com todo carinho”. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21)
Segue glossário de verbos dicendi e sentiendi, em ordem alfabética.
Abordar Admirar-se Ajustar Ameaçar
Acentuar Admitir Alardear Amenizar
Aconselhar Admoestar Alegrar-se Anotar
Acreditar Advertir Alertar Analisar
Acrescentar Alegar Alfinetar Animar(se)
Acusar Afirmar Aludir Antever
Adiantar Ajuntar Alinhar Anuir
Anunciar Compreender Denunciar Endossar
Apontar Comprometer-se Deplorar / Depor Enfatizar
Apostar Comprovar Derramar-se Enfocar
Apregoar Comunicar Desabafar Engatilhar
Argüir Conclamar Desafiar Ensinar
Arriscar Concluir Desarmar-se Entender
Argumentar Concordar Descansar Entusiasmar-se
Arrematar Condenar Descartar Enumerar
Arrolar Confessar Descobrir Esbravejar
Assegurar Confiar Desconfiar Escandalizar-se
Asseverar Confidenciar Desculpar-se Escapar
Assinalar Confirmar Desdenhar Ensinar
Gritar Ponderar Esclarecer Assustar-se
Confundir-se Desenvolver Entender Historiar
Precisar Esconjurar Atacar Congratular-se
Desesperar-se Espantar-se Atestar Conjecturar
Desmentir Esquivar-se Atribuir Consolar-se
Destacar Estabelecer Avaliar Constatar
Determinar Estimar Avisar Contabilizar
Devolver Evidenciar Balbuciar Contar
Diagnosticar Exagerar Bradar Contemporizar
Discordar Exclamar Bravatear Contestar
Discorrer Exemplificar Brincar Contra-atacar
Discursar Exigir / Eximir-se Calcular Contradizer
Disfarçar Exortar / Explanar Censurar Contrapor-se
Disparar Explicar Chamar a atenção Credenciar-se
Distinguir Explicitar Citar Crer
Divertir-se Explodir Classificar Criticar
Dizer Expor Cobrar Decepcionar-se
Elogiar Expressar-se Comemorar Declarar(se)
Elucidar Exprimir-se Comentar Defender(se)
Emendar Extasiar-se Comparar Definir(se)
Emocionar-se Externar Complementar Deixar
escapar Encavacar Exultar Completar
Demonstrar Encerrar Falar Fazer coro
Mentalizar Raciocinar Resumir Festejar
Minimizar Reafirmar Retrucar Filosofar
Mostrar Reagir Revelar Finalizar
Murmurar Rebater Revidar Frisar
Narrar / Negar Receitar Revoltar-se Fulminar
Nomear / Notar Reclamar Rezar Gabar-se
Objetar Recompor-se Rugir Garantir
Observar Reconhecer Sacramentar
Gemer / Gritar Opinar Recordar(se) Salientar
Hiperbolizar Ordenar Redimir-se Segredar
Historiar Ordenar Refazer-se Sentenciar
Identificar Orgulhar-se Refletir Simplificar
Ilustrar Pedir Reforçar Sintetizar
Imaginar Penitenciar-se Regalar-se Solicitar
Incentivar Pensar Registrar Sonhar
Indagar Perguntar(se) Regozijar-se Sublinhar
Indicar Ponderar Rejeitar Sugerir
Indignar-se Precisar Rejubilar-se Supor
Informar Preconizar Relacionar Suspirar
Insistir Predizer Relatar Sussurrar
Interpretar Pregar Relativizar Sustentar
Interrogar Preocupar-se Relembrar(se) Tachar / Temer
Ir (mais) além Prever Rememorar Teorizar
Ironizar / Irritar-se Proclamar Replicar Terminar
Isentar-se Profetizar Resguardar-se Testemunhar
Jurar Prognosticar Resignar-se Titubear
Justificar(se) Propor Resistir Transmitir
Lamentar(se) Propugnar Resmungar Trombetear
Lamuriar-se Prosseguir Responder Vaticinar
Lembrar(se) Protestar Responsabilizar-se Ver / Viajar
Limitar-se a dizer Provocar Ressaltar Vibrar
Manifestar-se Queixar-se Ressalvar Vociferar
Maravilhar-se Questionar Ressentir-se Zombar
2 VERBOS E PRONOMES NOS DISCURSOS DIRETO E INDIRETO
2.1– Salvo em casos excepcionais, há correspondência regular entre os tempos e os modos verbais. Assim, quando o verbo da fala está no presente do indicativo e o da oração justaposta, no pretérito perfeito, o primeiro verbo vai para o pretérito imperfeito do indicativo, mas o segundo não sofre alteração.
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
– Vou realizar muitos projetos neste ano, disse-lhe. Disse-lhe que iria realizar muitos projetos naquele ano.
OBS.: Caso a ação declarada na oração integrante (discurso indireto) perdure no momento em que se fala, o verbo mantém-se no presente do indicativo: “Disse-lhe que estou com preguiça neste ano”. O demonstrativo – neste – permanece também inalterado.
2.2– Se ambos os verbos – o da fala e o da oração justaposta – se acham no presente do indicativo, assim permanecem no discurso indireto; o mesmo ocorre com o pronome (demonstrativo):
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
– Estou sem planos neste ano, diz-lhe. Ele diz que está sem planos neste ano.
OBS.: O verbo dicendi vem no presente do indicativo somente quando há um mediador entre o autor da fala e o destinatário do texto.
3– POSIÇÃO DO VERBO DICENDI /SENTIENDI
3.1– No Discurso Direto de moldes tradicionais (que vigoraram até o início da escola realista), o verbo dicendi vem no meio ou no fim da fala, e excepcionalmente antes.
3.2– No jornalismo contemporâneo, encontramos mais freqüentemente o verbo dicendi/sentiendi no fim das frases. Essa localização se deve ao fato de as frases reproduzidas serem de pequena extensão.
Ex.: “Todo mundo diz que as fofocas saem do Palácio”, disse Corrêa. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 13.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1986. (Biblioteca de Administração Pública, 14)
Fonte: Pesquisa: Professora Drª. JOANITA MOTA DE ATAIDE
Emprego dos discursos direto e indireto no texto da entrevista
Emprego de verbos declarativos ou dicendi em matérias do jornalismo brasileiro contemporâneo, elaboradas com base em entrevistas. Pesquisamos em jornais e revistas de diferentes naturezas e periodicidades, durante as décadas de 80 (segunda metade) e de 90. O resultado acha-se no glossário de mais de 300 verbos, abaixo.
1 Classificação:
Othon M. Garcia (1986, p.129ss) adota uma classificação dupla para os verbos usados nos diálogos, encontrados na literatura de ficção (romances, contos), dos quais a entrevista jornalística faz amplo emprego. O narrador pode optar pelo discurso direto – transcrição da fala do interlocutor – ou pelo discurso indireto – isto é, a transmissão da essência do pensamento do entrevistado.
1.1– Classe: Verbos declarandi ou dicendi (de declaração)
1.1.1– Definição: São os verbos de elocução. A elocução refere-se à maneira pela qual alguém se expressa, quais palavras usa para fazê-lo.
1.1.2– Áreas semânticas: (GARCIA, 1986, p.131)
DIZER – afirmar, declarar;
PERGUNTAR – indagar, interrogar;
RESPONDER – retrucar, replicar;
CONTESTAR – negar, objetar;
CONCORDAR – assentir, anuir;
EXCLAMAR – gritar, bradar;
PEDIR – solicitar, rogar;
EXORTAR – animar, aconselhar;
ORDENAR – mandar, determinar.
1.2– Classe : Verbos sentiendi ou de sentir (assim chamados, por analogia aos dicendi).
1.2.1– Definição: Esses verbos são vicários ou variações dos verbos de elocução, pois fazem as vezes destes. Ou seja: do ponto de vista lógico-sintático presumem a existência de um legítimo dicendi oculto. Mas, como variação dos dicendi, expressam a carga de afetividade presente na língua falada.
1.2.2– Áreas semânticas: Expressam estado de espírito, reação psicológica, emoções, atitudes, gestos, etc. Ex. (Othon Garcia, op. cit.): GEMER, SUSPIRAR, LAMENTAR(SE), QUEIXAR-SE, EXPLODIR, ENCAVACAR, etc.
1.3– Funções:
1.3.1– Indicar o interlocutor que está com a palavra.
1.3.2– Permitir a adjunção de orações adverbiais (quase sempre reduzidas de gerúndio) ou expressões de valor adverbial, com que o narrador sublinha a fala das personagens, anotando-lhes a reação física ou psíquica. Em síntese, a função dos verbos dicendi é retratar o comportamento – em determinada circunstância - ou mesmo o caráter das personagens.
Ex.: “Eu tenho aqui uma lista de nomeações do PL para encaminhar”, disse Costa Neto entregando... Hargreaves não titubeou. Sem olhar a lista, foi logo prometendo: “Pode deixar comigo. Vou examinar com todo carinho”. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21)
Segue glossário de verbos dicendi e sentiendi, em ordem alfabética.
Abordar Admirar-se Ajustar Ameaçar
Acentuar Admitir Alardear Amenizar
Aconselhar Admoestar Alegrar-se Anotar
Acreditar Advertir Alertar Analisar
Acrescentar Alegar Alfinetar Animar(se)
Acusar Afirmar Aludir Antever
Adiantar Ajuntar Alinhar Anuir
Anunciar Compreender Denunciar Endossar
Apontar Comprometer-se Deplorar / Depor Enfatizar
Apostar Comprovar Derramar-se Enfocar
Apregoar Comunicar Desabafar Engatilhar
Argüir Conclamar Desafiar Ensinar
Arriscar Concluir Desarmar-se Entender
Argumentar Concordar Descansar Entusiasmar-se
Arrematar Condenar Descartar Enumerar
Arrolar Confessar Descobrir Esbravejar
Assegurar Confiar Desconfiar Escandalizar-se
Asseverar Confidenciar Desculpar-se Escapar
Assinalar Confirmar Desdenhar Ensinar
Gritar Ponderar Esclarecer Assustar-se
Confundir-se Desenvolver Entender Historiar
Precisar Esconjurar Atacar Congratular-se
Desesperar-se Espantar-se Atestar Conjecturar
Desmentir Esquivar-se Atribuir Consolar-se
Destacar Estabelecer Avaliar Constatar
Determinar Estimar Avisar Contabilizar
Devolver Evidenciar Balbuciar Contar
Diagnosticar Exagerar Bradar Contemporizar
Discordar Exclamar Bravatear Contestar
Discorrer Exemplificar Brincar Contra-atacar
Discursar Exigir / Eximir-se Calcular Contradizer
Disfarçar Exortar / Explanar Censurar Contrapor-se
Disparar Explicar Chamar a atenção Credenciar-se
Distinguir Explicitar Citar Crer
Divertir-se Explodir Classificar Criticar
Dizer Expor Cobrar Decepcionar-se
Elogiar Expressar-se Comemorar Declarar(se)
Elucidar Exprimir-se Comentar Defender(se)
Emendar Extasiar-se Comparar Definir(se)
Emocionar-se Externar Complementar Deixar
escapar Encavacar Exultar Completar
Demonstrar Encerrar Falar Fazer coro
Mentalizar Raciocinar Resumir Festejar
Minimizar Reafirmar Retrucar Filosofar
Mostrar Reagir Revelar Finalizar
Murmurar Rebater Revidar Frisar
Narrar / Negar Receitar Revoltar-se Fulminar
Nomear / Notar Reclamar Rezar Gabar-se
Objetar Recompor-se Rugir Garantir
Observar Reconhecer Sacramentar
Gemer / Gritar Opinar Recordar(se) Salientar
Hiperbolizar Ordenar Redimir-se Segredar
Historiar Ordenar Refazer-se Sentenciar
Identificar Orgulhar-se Refletir Simplificar
Ilustrar Pedir Reforçar Sintetizar
Imaginar Penitenciar-se Regalar-se Solicitar
Incentivar Pensar Registrar Sonhar
Indagar Perguntar(se) Regozijar-se Sublinhar
Indicar Ponderar Rejeitar Sugerir
Indignar-se Precisar Rejubilar-se Supor
Informar Preconizar Relacionar Suspirar
Insistir Predizer Relatar Sussurrar
Interpretar Pregar Relativizar Sustentar
Interrogar Preocupar-se Relembrar(se) Tachar / Temer
Ir (mais) além Prever Rememorar Teorizar
Ironizar / Irritar-se Proclamar Replicar Terminar
Isentar-se Profetizar Resguardar-se Testemunhar
Jurar Prognosticar Resignar-se Titubear
Justificar(se) Propor Resistir Transmitir
Lamentar(se) Propugnar Resmungar Trombetear
Lamuriar-se Prosseguir Responder Vaticinar
Lembrar(se) Protestar Responsabilizar-se Ver / Viajar
Limitar-se a dizer Provocar Ressaltar Vibrar
Manifestar-se Queixar-se Ressalvar Vociferar
Maravilhar-se Questionar Ressentir-se Zombar
2 VERBOS E PRONOMES NOS DISCURSOS DIRETO E INDIRETO
2.1– Salvo em casos excepcionais, há correspondência regular entre os tempos e os modos verbais. Assim, quando o verbo da fala está no presente do indicativo e o da oração justaposta, no pretérito perfeito, o primeiro verbo vai para o pretérito imperfeito do indicativo, mas o segundo não sofre alteração.
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
– Vou realizar muitos projetos neste ano, disse-lhe. Disse-lhe que iria realizar muitos projetos naquele ano.
OBS.: Caso a ação declarada na oração integrante (discurso indireto) perdure no momento em que se fala, o verbo mantém-se no presente do indicativo: “Disse-lhe que estou com preguiça neste ano”. O demonstrativo – neste – permanece também inalterado.
2.2– Se ambos os verbos – o da fala e o da oração justaposta – se acham no presente do indicativo, assim permanecem no discurso indireto; o mesmo ocorre com o pronome (demonstrativo):
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
– Estou sem planos neste ano, diz-lhe. Ele diz que está sem planos neste ano.
OBS.: O verbo dicendi vem no presente do indicativo somente quando há um mediador entre o autor da fala e o destinatário do texto.
3– POSIÇÃO DO VERBO DICENDI /SENTIENDI
3.1– No Discurso Direto de moldes tradicionais (que vigoraram até o início da escola realista), o verbo dicendi vem no meio ou no fim da fala, e excepcionalmente antes.
3.2– No jornalismo contemporâneo, encontramos mais freqüentemente o verbo dicendi/sentiendi no fim das frases. Essa localização se deve ao fato de as frases reproduzidas serem de pequena extensão.
Ex.: “Todo mundo diz que as fofocas saem do Palácio”, disse Corrêa. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 13.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1986. (Biblioteca de Administração Pública, 14)
Fonte: Pesquisa: Professora Drª. JOANITA MOTA DE ATAIDE
terça-feira, 5 de maio de 2009
Livro_Hiroshima
Resenha
O livro é excelente em rigor literário.
Traz a reportagem clássica de John Hersey sobre a bomba atômica que devastou a cidade de Hiroshima. Faz um retrato de seis sobreviventes da bomba atômica, escrito um ano depois da explosão.
Quarenta anos mais tarde, o repórter reencontra seus entrevistados.
Através de uma abordagem humanizada o autor mergulha sobre as vidas de 6 pessoas, que naquele fatídico dia enfrentaram os piores martírios e horrores de suas vidas e talvez os maiores da humanidade até o momento.
A história relatada das ruas de hiroshima permite uma visão do núcleo dos acontecimentos partindo para fora com os desdobramentos. O relato não se trata de termos técnicos ou e nao tem a bomba como atriz principal. O grande mérito do livro é o relato pelo sofrimento calado e resiliente daquelas pessoas que apesar de esperar o pior, nunca conseguiriam explicar os efeitos destrutivos da natureza humana sobre si mesmos.
O que pode-se dizer é que quando o Enola Gay sobreava hiroshima, Deus não o viu passar e assim o homem deu asas ao seu "pequeno bebê" que por sua vez aniquilou vidas na mesma fracao de segundo que seu próprio Deus as criou. Sinal dos novos tempos?
O livro é excelente em rigor literário.
Traz a reportagem clássica de John Hersey sobre a bomba atômica que devastou a cidade de Hiroshima. Faz um retrato de seis sobreviventes da bomba atômica, escrito um ano depois da explosão.
Quarenta anos mais tarde, o repórter reencontra seus entrevistados.
Através de uma abordagem humanizada o autor mergulha sobre as vidas de 6 pessoas, que naquele fatídico dia enfrentaram os piores martírios e horrores de suas vidas e talvez os maiores da humanidade até o momento.
A história relatada das ruas de hiroshima permite uma visão do núcleo dos acontecimentos partindo para fora com os desdobramentos. O relato não se trata de termos técnicos ou e nao tem a bomba como atriz principal. O grande mérito do livro é o relato pelo sofrimento calado e resiliente daquelas pessoas que apesar de esperar o pior, nunca conseguiriam explicar os efeitos destrutivos da natureza humana sobre si mesmos.
O que pode-se dizer é que quando o Enola Gay sobreava hiroshima, Deus não o viu passar e assim o homem deu asas ao seu "pequeno bebê" que por sua vez aniquilou vidas na mesma fracao de segundo que seu próprio Deus as criou. Sinal dos novos tempos?
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